Exercícios de Fisioterapia para Alzheimer
O tratamento de fisioterapia para idosos com Alzheimer tem como objetivos:
- Ajudar o indivíduo a movimentar-se mais livremente, mantendo alguma autonomia e mobilidade para se mexer na cama, sentar ou andar, por exemplo;
- Evitar que os músculos fiquem presos e atrofiados, que trazem dores e dificultam tarefas como a higiene diária;
- Permitir a boa amplitude das articulações, para realizar as tarefas do dia-a-dia;
- Evitar quedas que podem levar à fraturas ósseas, que podem necessitar de tratamento cirúrgico;
- Evitar dor nos músculos, ossos e tendões, que causam desconforto e mal-estar.
Desta forma, a fisioterapia permite que o indivíduo mantenha alguma autonomia, conseguindo realizar suas tarefas do dia-a-dia sozinho ou com o mínimo de ajuda possível. Além disso, a capacidade de se mexer e mobilizar sozinho ajuda a retardar problemas comuns na doença, como prisão de ventre, desenvolvimento de infecções respiratórias ou escaras.
Exercícios para Alzheimer inicial
De forma geral, quando a pessoa descobre que está com Alzheimer deve realizar exercícios aeróbico, de força, equilíbrio e coordenação, por isso os casos mais recentes de Alzheimer, podem beneficiar-se de exercícios em grupo, com pesos e bolas, caminhada, corrida, natação, hidroginástica e Pilates.
Outros exercícios também indicados são caminhada progressiva, mantendo conversa, e andar de bicicleta por no mínimo 30 minutos diários, porque este tipo de atividade melhora a função motora e respiratória, ainda proporciona ganhos cognitivos, melhorando a memória reduzindo a atrofia do hipocampo cerebral, sendo portanto um ótimo complemento para o tratamento e assim diminuir a progressão do Alzheimer. Exercícios de fortalecimento muscular, como a musculação também são bem-vindos.
Exercícios para Alzheimer intermédio
Os exercícios que podem ser realizados em casa devem ser de fácil compreensão, para que o paciente consiga compreender e, devem ser semelhantes às atividades do dia-a-dia, de forma a aumentar ao mesmo tempo a atividade intelectual e motora. Estes devem ser realizados em breves períodos de tempo, várias vezes ao dia, para evitar a exaustão. Alguns exemplos são:
- Andar pelo quintal ou dançar;
- Colocar uma bola de plástico em cima da cabeça e tentar equilibrar-se;
- Treinar o escovar o dentes e pentear o seu próprio cabelo e do cuidador;
- Apertar os botões da blusa;
- Ficar num pé só;
- Andar de lado e também em forma de circuito;
- Elevação de braços usando pesinhos de 2-3 kg;
- Agachamentos encostado na parede;
- Caminhar colocando um pé à frente do outro;
- Rebolar usando um bambolê;
- Prancha abdominal com apoio dos joelhos no chão;
- Ponte abdominal.
Os exercícios podem ser realizados pelo fisioterapeuta e pelo cuidador, e podem ser modificados, de acordo com a necessidade e para haver uma maior variação do treino, o que aumenta o interesse pela atividade.
No Alzheimer avançado a pessoa pode encontrar-se acamada ou com dificuldade em equilibrar-se mesmo sentado. Nesse caso deve-se fazer fisioterapia todos os dias com um fisioterapeuta, para evitar que o doente perca massa muscular e fique com os músculos e articulações atrofiados, que trazem dor e desconforto, e ainda dificultam a própria higiene.
O fisioterapeuta deve indicar exercícios simples de fortalecimento e alongamento, pedindo sempre que possível colaboração do paciente. Outras técnicas como mobilização, e uso de recursos como TENS, ultrassom, infravermelho e outros recursos termo terapêuticos também podem ser usados.