Atuação do fisioterapeuta na COVID-19 em hospitais




Infecções respiratórias são comuns em todo o mundo e o novo coronavírus é um novo vírus identificado na China, que causa sintomas parecidos com os de uma gripe comum. Porém, pacientes com COVID-19 podem necessitar de cuidados intensivos. Por ser altamente contagiosa, a COVID-19 se tornou um problema de saúde pública mundial. A transmissão do vírus de humano para humano ocorre, aproximadamente, 2 a 10 dias antes do indivíduo se tornar sintomático, dificultando o controle da disseminação do vírus.

A transmissão humano para humano do COVID-19 ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse ou espirro; inoculação através do contato "fomiteto-face" também é provavelmente um contribuinte significativo para a disseminação do vírus. Há relato também de caso de transmissão assintomática, embora seja uma teoria que permaneça não comprovada e que suscitou preocupações de que o COVID

A fisioterapia pode ser benéfica no tratamento respiratório e na reabilitação de pacientes com COVID-19. O papel do Fisioterapeuta é melhorar o funcionamento respiratório e físico do paciente, objetivando aliviar seus sintomas e aumentar suas atividades funcionais. Embora tosse produtiva seja um dos sintomas menos comum, a fisioterapia pode ser indicada caso os pacientes com a COVID-19 apresentem secreções copiosas nas vias aéreas e não sejam capazes de removê-las independentemente. Isto pode ser avaliado caso a caso e as intervenções aplicadas deverão ser baseadas em indicações clínicas.

Pacientes de alto risco também podem se beneficiar do atendimento fisioterapêutico individualizado como, por exemplo, pacientes com comorbidades que estejam associadas à hipersecreção ou tosse ineficaz (doenças neuromusculares, doenças respiratórias crônicas, fibrose cística, etc.).

Fisioterapeutas que atuam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) podem fornecer técnicas de higiene brônquica, auxiliando na remoção de secreção pulmonar de pacientes ventilados mecanicamente, e podem auxiliar no posicionamento funcional de pacientes com insuficiência respiratória grave associada à COVID-19, incluindo o uso da posição prona, recomendada para otimizar a oxigenação arterial.

O próprio tratamento da insuficiência respiratória grave, causada pelo coronavírus, e a necessidade de manejo médico intensivo, incluindo a ventilação pulmonar prolongada, uso de sedação contínua e de agentes bloqueadores neuromusculares, pacientes com COVID-19 podem ser considerados como alto risco de desenvolver fraqueza adquirida na UTI, agravando sua morbidade e aumentando a mortalidade.

Portanto é fundamental antecipar a reabilitação precoce após a fase aguda da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) causada pela COVID-19, a fim de limitar a gravidade e promover uma melhor recuperação funcional do indivíduo.

O cotidiano

Intervenções de fisioterapia respiratória em enfermarias hospitalares ou UTI podem ser indicadas para pacientes com suspeita ou confirmação da COVID19 e concomitantemente ou posteriormente desenvolvam consolidações pulmonares exsudativas, hipersecreção mucosa e/ou dificuldade para remoção de secreções de vias aéreas.

Fisioterapeutas terão um papel contínuo em fornecer intervenções para mobilização, exercício e reabilitação, como em pacientes com comorbidades que evoluam com declínio funcional significativo e/ou (em risco).

Intervenções de fisioterapia só devem ser realizadas quando existem indicações clínicas de modo que a exposição da equipe a pacientes com COVID-19 seja minimizada. Reexaminar, sem necessidade, os pacientes com COVID-19 dentro de seu quarto/áreas de isolamento também terá um impacto negativo no fornecimento de EPIs, com aumento do gasto hospitalar, aumento do risco de escassez de insumos hospitalares sem efetividade comprovada.

A equipe de fisioterapia não deve entrar rotineiramente em salas de isolamento onde pacientes com COVID-19, confirmadas ou suspeitas, estejam isolados ou agrupados, apenas para serem triados para o encaminhamento.

As opções de triagem de pacientes através de revisão subjetiva e avaliação básica, sem estar em contato direto com o paciente, devem ser testadas primeiro sempre que possível.

A fisioterapia motora é importante na recuperação, já que os pacientes ficam por um tempo prolongado no leito. Por conta desse tempo prolongado há, também, a síndrome do imobilismo. Então, se faz necessário a questão do movimento em si. É importante manter a amplitude articular, manter a função, o tônus e a força.

O fisioterapeuta, ainda, na promoção e na recuperação da saúde de pacientes acometidos por diferentes enfermidades. O profissional trabalha em enfermarias, faz intervenções no pré-operatório cirúrgico, atua na educação e conscientização sobre técnicas respiratórias. Os procedimentos ajudam a prevenir complicações em pós-operatórios e em pessoas internadas em UTIs.

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