O traumatismo crânio encefálico (TCE) é o maior fator de risco para óbito e distúrbios em indivíduos vítimas de trauma. Mais da metade dos óbitos devido a trauma são provenientes de TCE e, cerca de 40% dos sobreviventes manifestam distúrbios a longo prazo
Esse tipo de trauma é uma causa frequente de hospitalização em unidade de tratamento intensivo e de utilização dos cuidados fisioterapêuticos, estima-se que mundialmente 1,5 milhões de pessoas morrem acometidas pelo TCE e centenas de milhões necessitam de tratamento emergencial. Uma das causas que contribui para o surgimento do TCE, são o alto índice de violência e acidentes automobilísticos, que é considerado a primeira causa de morte em pessoas entre 20 e 40 com prevalência para os do gênero feminino.
Neste contexto, dentre os diversos profissionais que pode auxiliar no cuidado de paciente com TCE estar o fisioterapeuta, o qual atua desde a internação hospitalar até a fase domiciliar ou no centro de reabilitação. Esses profissionais devem buscar conhecimento sobre a fisiopatologia do trauma, onde o mesmo poderá criteriosamente atuar com técnicas de fisioterapia respiratória, contribuindo de forma efetiva para o sucesso do tratamento. através de recursos específicos o fisioterapeuta pode evitar contraturas, fortalecer a musculatura, diminuir rigidez, auxiliar no equilíbrio e coordenação. Assim sendo, auxilia de forma direta com o retorno do paciente a sua rotina diária. No entanto, vale salientar que o resultado depende das regiões cerebrais que foram lesadas, seguindo padrões típicos, de acordo com o comprometimento do hemisfério direito ou esquerdas ou do tronco encefálico
A Fisioterapia compõe a assistência multidisciplinar ofertada aos pacientes graves vítimas de TCE admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI), com a finalidade de restabelecer e restaurar a capacidade funcional. Nesta esfera, a fisioterapia respiratória vem sendo cada vez mais solicitada.
O papel e a importância da fisioterapia respiratória começam com ajustes de valores da ventilação mecânica (VM) para que ocorra da melhor forma possível o processo de desmame e este amplie-se até a permanência do paciente sob ventilação espontânea após o procedimento.
A assistência fisioterapêutica abrange várias formas de intervenção, entre elas a própria ventilação mecânica, processos para higiene brônquica, reexpansão pulmonar, exercícios respiratórios, e a utilização da ventilação não invasiva (VNI).
Os pacientes acometidos podem apresentar manifestações clinicas no momento do trauma ou apresentar manifestação tardia. O fisioterapeuta acompanha o paciente em todos esses estágios.
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