Critérios de exclusão para reabilitação respiratória no COVID 19




A Fisioterapia Respiratória é definida como um conjunto de procedimentos, técnicas e instrumentos utilizados pelo fisioterapeuta para prevenção, promoção e recuperação de disfunções envolvidas com o processo de respiração, que por sua vez não é caracterizado apenas pelo funcionamento dos pulmões e vias aéreas, mas também pela participação de outros sistemas. 

Em época de Pandemia com consequências respiratórias, o fisioterapeuta se tornou essencial na recuperação de pacientes. A infecção por coronavírus (Covid-19) é uma doença infecciosa do trato respiratório altamente contagiosa e que pode causar disfunção respiratória, física e psicológica nos pacientes afetados. Portanto, o processo de reabilitação é fundamental durante o tratamento clínico e após a cura. Já existem evidências na literatura que propõem programas práticos de reabilitação.

Princípios da reabilitação respiratória na Covid-19
  • Objetivo: melhorar os sintomas de dispneia (falta de ar), aliviar a ansiedade, reduzir as complicações, prevenir e reduzir as incapacidades e melhorar a qualidade de vida;
  • Tempo do programa de reabilitação: durante toda a internação e também no pós-alta (6 a 8 semanas). Para pacientes em estado crítico a intervenção de reabilitação não é recomendada;
  • Plano de reabilitação respiratória e motora deve ser ajustado as demais comorbidades do paciente.
A Reabilitação Pulmonar completa é composta por técnicas reexpansivas, desobstrutivas, de fortalecimento muscular respiratório e de exercícios para a musculatura periférica, que por sua vez possui grande importância na prevenção de complicações decorrentes do imobilismo.

Pacientes hospitalizados tendem a experienciar o imobilismo como consequência da dinâmica hospitalar e assim, se restringindo ao leito. A fisioterapia dispõe de condutas (sempre que há segurança hemodinâmica e metabólica) que preconizam mobilizações e visam preservar ou melhorar a integridade e amplitude do movimento articular, força muscular.

Essas mobilizações podem ocorrer no leito e evoluírem para sedestação beira-leito, treino de equilíbrio, treino de sedestação-ortostase, cicloergometria e até deambulação.

Esse vasto leque de programas de exercícios traz benefícios que não estão restritos ao sistema musculoesquelético, mas trazem uma melhora do quadro geral do paciente, visto que a resposta da capacidade cardiorrespiratória é positiva frente a um exercício bem prescrito, diminuindo as complicações e sintomas da COVID-19.

Grande parte dos pacientes infectados apresentam leves sintomas ou até mesmo não os desenvolvem. Uma parcela menor de pacientes evolui para um estágio mais grave, necessitando de hospitalização e, em alguns casos, de ventilação mecânica (VM).

Critérios de exclusão para reabilitação respiratória:

  1. Temperatura corporal > 38,0 ℃;
  2. Tempo de diagnóstico inicial ≤ 7 dias;
  3. Tempo desde o início até a dispneia ≤3 dias;
  4. Exame de imagem com progressão da imagem torácica dentro de 24-48 horas > 50%;
  5. Saturação de oxigênio no sangue: ≤ 95%;
  6. Pressão arterial: pressão arterial estática <90/60 mmHg ou > 140/90 mmHg.
O fisioterapeuta é capaz de proporcionar benefícios desde a prevenção até a recuperação de casos  que geraram consequências graves aos pacientes. A predisposição à Pneumonia é maior em indivíduos que possuem doenças de base, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Asma, Fibrose Cística, Bronquiectasia, e outras doenças extrapulmonares. Além disso, o ambiente no qual o paciente está inserido, as condições socioeconômicas, o gênero, a idade e fatores genéticos também podem ser predisponentes desta infecção pulmonar.



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