Pilates na Fisioterapia na Geriatria



É senso comum que o processo biológico do envelhecimento caracteriza-se como uma fase de mudanças significativas envolvendo perdas funcionais, com a redução da força muscular (sarcopenia), a ocorrência de disfunções articulares e periarticulares, a redução da amplitude de movimento, o controle postural diminuído, além de alterações no número de fibras musculares.

Para ter uma boa qualidade de vida, idosos procuram alternativas para brecar todo esse processo e ter não ter tantas dificuldades no dia a dia.

Originariamente, o método do Pilates consistia na realização de 34 movimentos, que se desdobraram em mais de 500 variações, sendo alguns executados no solo e outros em aparelhos (reformer, cadillac, combo chair, barrel, wall unit), com auxílio de complementos (bolas, anéis de esforço, barras, entre outros). Os fundamentos do método são a concentração e o controle corporal, estimulados por intermédio de exercícios planejados, com atenção em seis princípios fundamentais:

1) a centralização, voltada para a musculatura abdominal superficial e profunda (centro de força ou power house);
2) a concentração;
3) o controle dos músculos respiratórios e das musculaturas das regiões pélvica, glútea e lombar, consideradas estruturais por estarem envolvidas na postura e sustentação corporal;
4) a respiração;
5) a precisão;
6) o movimento harmônico para o fortalecimento dessas regiões visando promover ganhos funcionais com movimentos mais eficazes em termos de melhoria da mobilidade, estabilidade e controle postural com menor dispêndio de energia

O  desenvolvimento de um programa individualizado de Pilates, com atenção para a biomecânica proprioceptiva, o equilíbrio, a consciência, o padrão de marcha adequado e o posicionamento postural mais convenientes para cada indivíduo pode ser de grande eficácia como uma alternativa de intervenção fisioterapêutica, especialmente ao permitir o desenvolvimento de estratégias compensatórias diante de perdas funcionais para as quais é imprescindível o resgate da capacidade motora, do equilíbrio estático e dinâmico, da força muscular ou da flexibilidade, como também da melhoria da autoestima, o que é fortemente atendido pelo método segundo a sua abordagem e princípios.

Confira mais especificamente outros benefícios para os idosos praticantes do Pilates:

  • Alívio da dor
  • Alívio do estresse;
  • Prevenção de lesões
  • Melhora dos reflexos
  • Melhora a mobilidade
  • Melhora a flexibilidade
  • Maior percepção dos movimentos
  • Melhora do equilíbrio
  • Melhora da velocidade de andar
  • Melhora da auto-estima
  • Diminuição da depressão
  • Mantém o peso corporal
  • Fortalece os músculos das pernas e costas
  • Contribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea
  • Ajuda no controle do Diabetes, artrite e doenças cardiovasculares
  • Melhora as reações posturais.

O método Pilates pode ser empregado para promover a circulação sanguínea e a reeducação neuromuscular, bem como assegurar maior estabilidade por meio do controle dos músculos lombares, pélvicos e do quadril (SILVA et al., 2009).

O método também pode ser aplicado na melhoria da propriocepção, afetada pelo envelhecimento biológico. A partir da sétima década de vida, há perdas associadas aos sistemas sensoriais e neurônios, podendo causar vertigens e tonturas, oriundas de interrupção momentânea da oxigenação do cérebro, que resulta em instabilidade.

Tendo em vista o que a idade faz com nosso corpo e mente, fica fácil saber que o Pilates para idosos é uma ótima alternativa, recomendada por médicos, para quando a idade chega. Nós, instrutores, sabemos que quanto mais cedo o aluno ou paciente começa a cuidar de sua saúde, com alimentação e exercícios físicos, melhor.

Dica para profissionais:

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