Bolsa de colostomia - Como esse produto pode trazer mais qualidade de vida e conforto para você
partir do momento em que qualquer parte do corpo deixa de desempenhar o seu papel de manter o organismo trabalho em condições ideais, alguns produtos são criados a fim de minimizar o desconforto e tornar a recuperação mais rápida e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Este é o caso da bolsa de colostomia.
Apesar do nome já ser conhecido no mercado, ainda é muito comum encontrar pessoas que desconhecem esse produto farmacêutico e suas vantagens e desvantagens de uso.
Nas linhas a seguir, vamos entender melhor do que se trata esse procedimento cirúrgico chamado colostomia, seus prós e contras de uso com o objetivo de guiá-lo na compra da melhor bolsa de colostomia.
Você também vai aprender mais sobre os cuidados que precisa ter durante a sua limpeza e quando deve substituir a bolsa intestinal. Acompanhe!
O que é colostomia e como funciona a bolsa coletora
A colostomia consiste em uma cirurgia em que uma área delimitada da parede abdominal, também conhecido como estoma, é cortada com forma de facilitar a ligação do intestino grosso com uma terminação, como uma bolsa de karaya ou bolsa de colostomia.
Como o paciente está impossibilitado de evacuar, a bolsa de fezes fica responsável por armazenar as secreções produzidas pelo aparelho digestivo e eliminadas através do intestino grosso.
Quando o seu uso é recomendado
Essa intervenção cirúrgica é realizada por diversos motivos, a maioria associados a impossibilidade de evacuar naturalmente. Dentre os motivos que levam ao seu seu estão os seguintes:
Imperfuração anal
Consiste no bloqueio, ausência ou localização inadequada do ânus, que pode estar muito próximo do órgão reprodutor masculino ou feminino (pênis ou vagina) ou ligado à outros órgãos do corpo humano. Mesmo que seja considerado um defeito embriológico, isto é, que se desenvolve dentro do embrião, ainda existem discussões à respeito da sua origem.
O tratamento da imperfuração anal é feito a partir de uma intervenção cirúrgica, conhecida como colostomia temporária, em que uma bolsa para colostomia é instalada na parede abdominal com o objetivo de direcionar o transporte das fezes do intestino para um compartimento externo, até que a recuperação pós-cirúrgica esteja completa.
Neoplasia
Quando há a proliferação anormal e descontrolada de um tecido do corpo humano, podemos chamar essa condição clínica de neoplasia. A multiplicação das células que formam os tecidos podem causar problemas que, por sua vez, exigem intervenção cirúrgica imediata. O aparelho secretor deixa de funcionar corretamente, obrigando o paciente a se submeter a uma cirurgia de colostomia, assim como o uso de uma bolsinha de fezes.
Existem dois tipos de neoplasia: benigna e maligna. Enquanto que na primeira condição clínica o paciente observa uma proliferação lenta de células, na segunda, a velocidade e constância com que elas crescem é desproporcional, obrigando uma intervenção médica imediata a fim de controlar o seu crescimento.
Amputação do reto
Ainda existem alguns casos de origem patológica em que o paciente sente extrema dificuldade de evacuar, relatando dores abdominais frequentes, diarreia, sangue nas fezes, entre outros sintomas relativos a enfermidades como a doença de crohn, por exemplo.
Nestes casos, dependendo do estágio do distúrbio em questão, a amputação definitiva do reto tende a ser uma escolha do médico a fim de eliminar os sintomas progressivamente.
A cirurgia de colostomia se torna um dos principais meios para recuperar a saúde e a qualidade de vida do paciente, agora responsável por usar uma bolsinha de colostomia ligada ao intestino grosso através de uma incisão feita na parede abdominal.
Fistulas retrovaginais
Resume-se a uma ligação não natural entre o intestino grosso e o aparelho reprodutor feminino, mais precisamente a vagina, em que tanto gases intestinais quanto resíduos que formam as fezes são eliminados pelo mesmo local.
Sua causa pode estar associada tanto à lesões durante o parto quanto pelo desenvolvimento da doença de crohn, cânceres, inflamações decorrentes de tratamentos na região, entre outras patologias.
Neste caso, o uso da bolsa intestinal se torna importante, pois, além de auxiliar no tratamento da paciente, também faz com que ela possa ter uma qualidade de vida satisfatória e não fique impossibilitada de realizar atividades corriqueiras do seu dia a dia.
Corpos estranhos presos no reto
Objetos introduzidos no canal retal, de forma consciente ou inconsciente, tendem a causar problemas que tornam a evacuação dolorosa, podendo também levar à necessidade de usar temporariamente uma bolsa para colostomia até que a condição clínica seja normalizada através de procedimentos cirúrgicos ou não cirúrgicos.
Tipos de bolsa de colostomia
No mercado existem diferentes tipos de bolsa para colostomia. Cada um deles foi desenvolvido com o propósito de proporcionar o máximo de conforto e qualidade de vida possível para o paciente. Os principais modelos de bolsas de colostomia podem ser divididos em:
Drenáveis
O saco de colostomia drenável é caracterizado por uma abertura na sua extremidade inferior, que facilita o seu esvaziamento assim que atinge a sua capacidade. Por ser feita de materiais resistentes, essa bolsa coletora possui maior durabilidade.
Outro ponto positivo diz respeito às chances reduzidas de haver lesões em redor do estoma (pele cortada), já que ela é trocada menos vezes. Sua relação custo-benefício é maior, pois permite que seja lavada conforme a especificação do fabricante ou do médico que realizou a colostomia.
Não-drenáveis
Também conhecida como bolsa de colostomia descartável, esse saco coletor é fechado, o que impede a drenagem do seu conteúdo. Deve ser substituído por outro, assim que estiver com seu interior preenchido com ⅓ de conteúdo fecal. Contudo, a troca constante exige maior higienização do estoma, para evitar lesões e inflamações na pele ao seu redor.
Uma peça
Tanto a placa quanto a bolsa de colostomia compõem um único item, tornando o valor mais acessível para o ostomizado (a). Alguns modelos são drenáveis e podem ser recortados, além de contar com material transparente, para acompanhar seu enchimento, e capacidade aumentada, que reduz a necessidade de realizar trocas constantes.
Duas peças
Esse modelo é composto pela bolsa fecal e uma placa fixadora. Permite que a placa permaneça fixa no abdômen, enquanto a bolsa pode ser retirada para limpeza.
Além de facilitar a lavagem do coletor plástico, esse modelo causa menos problemas, pois a placa não precisa ser removida junto com a bolsa de colostomia, o que costuma causar irritações e desconforto ao redor do estoma.
Troca, limpeza e cuidados diários
A troca e limpeza da bolsa de colostomia varia conforme o modelo. O conteúdo da bolsa do tipo drenável, por exemplo, deve ser descartado em um vaso sanitário. Posicione-a de modo que o bocal fique apontado para o interior do vaso e gentilmente comprima as fezes e resíduos com os dedos até que ela fique completamente vazia.
As bolsas descartáveis devem ser trocadas sempre que completarem ⅓ do seu conteúdo e substituídas por modelos novos.
Caso seja uma peça única, o ideal é ter um removedor de adesivo, para não causar danos ao estoma. Depois de retirada a peça, faça a higienização do local com água morna e sabão neutro.
Caso note que a pele está escura e ainda há a presença de sangramento ou muco, procure um médico imediatamente. Agora se a região estiver em um tom vermelho vivo, isso significa que não há motivo para preocupação por enquanto.
Os modelos de duas peças são os mais fáceis de colocar e limpar, já que a bolsa pode ser descartada e a placa pode continuar fixa até que o médico recomende a sua troca.