Profissionais envolvidos nas disfunções temporomandibulares



Podemos definir disfunções temporomandibulares (DTM) como um grupo de condições dolorosas orofaciais que envolvem fatores de predisposição, início e perpetuação. A DTM é de origem multifatorial e não é possível reconhecer um único fator etiológico visto que está relacionada a fatores estruturais, oclusais, neuromusculares, psicológicos, traumas e degenerações na articulação que por fim desequilibram a articulação temporomandibular.

Devido sua multifatoriedade, seus sinais e sintomas são variaveis, podendo ser um sintoma isolado ou vários relacionados, dentre eles temos: enxaquecas, dores de cabeça, dores e/ou ruídos nas articulações, dificuldade de abrir a boca, dificuldade de mastigar e dores de ouvido. O diagnóstico das DTMs compreende a história do paciente, exame clinico e exames complementares, sendo que a maior parte das informações para o diagnóstico é obtido na anamnese

As placas oclusais utilizadas pelos odontólogos são uma terapia reversível, que somente são efetivas quando há a colaboração do paciente. Ainda é desconhecido o exato mecanismo pelo qual as placas oclusais agem, porém sabe-se que deve selecionar apropriadamente o tipo e o material que serão confeccionadas, visto que cada placa é direcionada para atuar em um fator etiológico específico. Deve ser preferível a seleção de placas confeccionadas com material rígido, haja visto que estas demonstraram ser mais efetivas que as confeccionadas com material resiliente.

O tratamento fonoaudiológico  baseia-se principalmente na conscientização do paciente ao problema, na eliminação dos hábitos parafuncionais e no uso de compressas úmidas e massagens que promovem relaxamento na musculatura. Os exercícios visam melhorar a movimentação mandibular, equilibrando a musculatura, e as funções estomatognáticas devem ser adequadas, quando necessário.

A Psicologia colabora com o tratamento da DTM voltando atenção aos fatores emocionais e comportamentais relacionados à disfunção, tais como a ansiedade e a depressão. A Psicologia objetiva incentivar o paciente a desenvolver estratégias de enfrentamento e controle da dor.

No caso da DTM, a dor pode fazer com que o paciente desencadeie reações ansiosas e de estresse, tais reações podem ser ampliadas quando há sensação de desconhecimento e insegurança. O conteúdo ansioso gera um efeito prejudicial ao tratamento pois consiste no abaixamento no limiar à dor, que leva a um aumento na atenção focalizada nessa e à interpretação generalizada de qualquer sensação como dor.

Entretanto, o estresse pode ser compreendido como o resultado de uma série de estímulos físicos e emocionais, como o medo, esgotamento físico e/ou mental, ansiedades, que desencadeia a associação de sensações mentais, físicas e emocionais que, por sua vez, necessitam de adaptação ou produção de tensão no mesmo.

A intervenção fisioterapêutica atua quando existe dor e/ou restrições dos movimentos mandibulares que afetem a qualidade de vida do indivíduo ou interfiram em suas atividades de vida diária ou ainda quando houver uma instabilidade articular. .

Não podemos negar a eficácia dos exercícios posturais associados a terapia manual e acupuntura na redução da dor e melhora da função e abertura bucal, os exercícios ativos, as mobilizações manuais, o treinamento postural em combinação com outras intervenções, a terapia a laser, os programas de retroalimentação (biofeedback), relaxamento e reeducação proprioceptiva podem ser mais eficazes do que o tratamento placebo ou que o uso de placas miorrelaxantes.

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