Função do fisioterapeuta na distrofia muscular

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Distrofia muscular se refere ao grupo de doenças genéticas nas quais os músculos que controlam o movimento enfraquecem progressivamente. No geral, apenas os músculos de movimentos voluntários são afetados, mas algumas formas dessa doença também podem atingir o coração e outros órgãos de movimentos involuntários.

Centenas de genes estão envolvidos na produção de proteínas que protegem as fibras musculares de danos. A distrofia muscular ocorre quando um desses genes está com defeito. Cada forma de distrofia muscular é causada por uma mutação genética específica. Muitas destas mutações são herdadas, mas algumas podem ocorrer espontaneamente no óvulo da mãe ou no embrião em desenvolvimento.

A fisioterapia é fator de extrema importância do ponto de vista motor e respiratório, proporcionando atenção especial às crianças que apresentam doenças neuromusculares, atuando na prevenção e no tratamento de deformidades ósseas e distúrbios respiratórios, resultando em melhora da qualidade de vida.

Na perspectiva de desenvolver/manter habilidades motoras específicas para a independência funcional, a conquista de autonomia, bem-estar e saúde, o fisioterapeuta deve: 

- Melhorar / manter a qualidade e a quantidade de movimentos realizados de acordo com a necessidade funcional vigente;

- Promover a capacitação em movimentos de caráter funcional utilizáveis em tarefas cotidianas e desportivas (paradesporto);

- Orientar a respeito da importância do estimulo ao uso funcional das habilidades aprendidas, que visa não apenas a manutenção das capacidades físicas adquiridas, mas também o autodesenvolvimento das adaptações necessárias;

- Estimular o encorajamento para a realização de atividades mais complexas e interativas, como jogos, competições, brincadeiras, que necessitam de uma presença física mais evidente, bem como a vontade motivadora de conseguir um resultado positivo;

- Promover o gosto pela prática do regular da atividade reabilitacional, buscando de maneira variável, e de acordo com o entendimento, salientar a compreensão da importância do tratamento na dimensão individual e social (autonomia, independência funcional, bem-estar, saúde, cultura, sociabilidade, integração);

-Promover a formação de habilidades motoras para auxiliar a construção e estruturação de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à interpretação e participação social no seio das quais se desenvolvem as atividades cotidianas.

Não há um programa de tratamento estabelecido, cada paciente necessita de uma abordagem específica, de acordo com suas necessidades individuais, a fim lhe proporcionar conforto e bem-estar. Mas, em geral as condutas fisioterapêuticas envolverão os seguintes objetivos:

-Melhorar / manter / retardar a perda de força muscular, 
- Evitar / reduzir contraturas e deformidades, 
- Promover / estimular / prolongar a marcha, 
- Manter / melhorar a função respiratória, 
- Estimular a independência e as funções físicas, 
- Promover a educação pais – filhos, 
- Melhorar a qualidade de vida social, fomentando uma plena participação em atividades de lazer.

 
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