Drenagem linfática facial pós-operatória
A drenagem linfática manual é um recurso terapêutico importante quando se considera o o pós-operatório de cirurgias plásticas, por melhorar o aporte sanguíneo e linfático local e consequentemente a nutrição celular e tecidual. A técnica também colabora para manter a tonicidade e a elasticidade da pele, além de estimular as funções do sistema imunológico.
As principais técnicas de DLM utilizadas para a assistência pós-operatória de cirurgias plásticas faciais são as de Leduc e Vodder. A técnica de Leduc é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando manobras de captação e manobras de evacuação. Na face, preconiza-se a utilização de quatro movimentos (GUIRRO e GUIRRO, 2004):
• Movimentos circulares com os dedos: objetiva a captação da linfa, e é realizada no percurso das vias linfáticas ou em direção a essas vias. A manobra é realizada em movimentos circulares dos dedos, deslocando a pele com pressão intermitente. No início e no final do círculo, a pressão deve ser zero. A pressão maior do círculo deve coincidir com a direção do fluxo linfático. Os movimentos devem ser leves e rítmicos. Recomenda-se executar entre cinco e sete movimentos em cada área.
• Movimentos circulares com o polegar: realizada da mesma maneira que a anterior, só que com o polegar.
• Drenagem dos linfonodos: objetiva a evacuação da linfa. A manobra é realizada através do contato direto dos dedos indicador, médio e anular do terapeuta com os linfonodos da região cervical do paciente. Os movimentos devem ser executados com pressão moderada e de forma rítmica. Devem ser executadas três séries de sete movimentos.
• Movimentos combinados: executada através da combinação dos dois movimentos descritos anteriormente.
A técnica de DLM proposta por Vodder preconiza a utilização de uma pressão suave, lenta e repetitiva em que não há deslizamento do tecido a ser tratado e sim a ação de "empurrar e relaxar" o tecido subcutâneo em duas fases diferentes de toque. Após as fases de toque, existe um relaxamento total da pressão e mantém-se apenas o contato da mão com a pele do paciente. O sentido da drenagem segue o sentido do fluxo linfático no tecido.
Na técnica de Vodder, a massagem sempre se inicia distalmente ao segmento a ser drenado. Para a drenagem da face, são propostos por Vodder dois tipos de movimentos (BORGES, 2006):
• Círculos estacionários (fixos): realizados na face e no pescoço. Com a mão espalmada sobre a pele, os dedos realizam movimentos contínuos em forma de círculos ou espirais. A pressão deve ser realizada apenas na primeira metade do círculo. Na segunda metade existe o contato, porém, sem a pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre cinco e sete movimentos.
• Movimentos de bombeamento: nesta manobra, o polegar e os dedos movem-se na mesma direção em sentido circular. O controle do movimento é feito pelo punho. Como na manobra anterior, a pressão deve ser realizada apenas na primeira metade do círculo. Na segunda metade existe o contato, porém, sem pressão, possibilitando o retorno do tecido ao local de origem. Realiza-se entre cinco e sete movimentos.