A importância do tratamento multidisciplinar na microcefalia

O tratamento multidisciplinar é muito importante por toda a vida para quem tem microcefalia. A microcefalia é uma malformação no cérebro que determina a forma de vida, não só de uma pessoa, mas de uma família. No Brasil, pelo menos 508 núcleos familiares estão se vendo revirados de cabeça para baixo, desde outubro do ano passado, pela notícia de que seu mais novo integrante pode ter sérias limitações durante toda a vida. A microcefalia normalmente é identificada no primeiro mês de vida, pois a medição do perímetro encefálico faz parte da rotina do exame pediátrico

Crianças com microcefalia podem ter sintomas variados, mas a grande maioria apresenta a fala e os movimentos comprometidos. Algumas delas têm a vida limitada à adolescência ou ao início da idade adulta. Porém, com o acompanhamento adequado e precoce, esse cenário pode ser muito mais bem administrado.

As principais terapias que ajudarão esses pacientes, estão a fisioterapia, fonoaudiologia e a terapia ocupacional, além de acompanhamento com neurologista, psicólogo e pediatra. A fisioterapia melhora as funções motoras. Isso irá ajudar muito na próxima fase, que é a terapia ocupacional. Com ela, a criança irá aprender a executar as tarefas do dia a dia, mesmo com suas limitações. Na fono, ela trabalhará não só a questão da fala, mas também a deglutição. Assim, a criança vai engasgar menos e terá menos infecções, o que melhora muito a vida.

As regiões do cérebro comprometidas pela microcefalia determinam quais as especialidades de saúde que devem acompanhar cada criança. Essa particularidade irá ditar, também, a frequência de cada sessão das terapias necessárias e a rotina de cada paciente.

O tratamento vai ajudar a criança a ter alguma melhoria, aumentando a qualidade de vida dela e, consequentemente, da família, que tem papel fundamental no tratamento: os avanços tendem a ser mais perceptíveis com a ajuda de familiares.