Rigidez articular do cotovelo

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Rigidez do cotovelo é uma afecção comum, após traumatismo articular podendo causar comprometimento substancial da função do membro superior

As principais razões que expõe a articulação do cotovelo a esta complicação são: o alto grau de congruência, a complexidade de suas superfícies articulares e a grande sensibilidade tecidual ao trauma, especialmente da cápsula articular. Além da relação direta da rigidez articular do cotovelo com o trauma, má reabilitação e imobilização prolongada desnecessária, também, são fatores relacionados à perda de amplitude de movimento.

A perda de amplitude de movimentos depende da natureza da lesão e seu tratamento. A perda da extensão é mais comum, porém, perda de flexão não é incomum, assim como, da rotação do antebraço.

O cotovelo normal tem uma amplitude de 150°, sendo a extensão (esticar) normal de 0° e a flexão (dobrar) de 150°, com variações entre os indivíduos. Além do movimento de extensão/flexão, o cotovelo também pode perder os movimentos de rotação do antebraço (pronação/supinação), sendo o normal de 80º.

A limitação dos movimentos é variável e não são todos os casos que necessitam de tratamento. Na literatura médica, é descrito que movimentos de 30° a 130° de extensão e flexão e de 50° de pronação e supinação podem ser considerados como funcionais para as atividades diárias. Mas, na prática, a definição do que é funcional e a escolha de tratar a rigidez depende muito mais da atividade e da expectativa de cada paciente.

A limitação mais comum é a perda da extensão, gerando dificuldade para esticar o cotovelo, sendo causada por contratura da cápsula articular anterior (na frente do cotovelo). Os movimentos de rotação do antebraço são limitados principalmente por alterações na cabeça do rádio ou por sequela de fraturas do antebraço.

A combinação da perda da extensão associada à perda da supinação do antebraço, representa limitação grave para determinadas atividades da vida diária.

Em pacientes que apresentam luxações simples do cotovelo, a perda de movimento é puramente intrínseca, relacionada à contratura capsuloligamentar e ao dano muscular. Pacientes com fratura-luxação apresentam limitação dos movimentos do cotovelo, seja pela natureza da lesão ou pela reabilitação pós-operatória. Em alguns casos, a instabilidade articular, incongruência articular ou subluxação, principalmente úmero-ulnar, pode estar associada à limitação do arco de movimento.

Pacientes com rigidez articular do cotovelo, independente da etiologia, que apresentam sinais clínicos de neuropatia do nervo ulnar, devem ser tratados cirurgicamente com neurólise e transposição do nervo, associada à liberação articular do cotovelo. O comprometimento motor exige indicação cirúrgica absoluta
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