Avaliação Clínica do Paciente Cardiopata Cirúrgico

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Antes de iniciarmos qualquer atendimento a esse tipo de paciente, é de extrema importância que o conheçamos por meio de uma avaliação clínica minuciosa, para que, dessa forma, possamos traçar nosso atendimento naquele momento. Dentro da propedêutica cardiológica normalmente utilizada, podemos citar as que se seguem.
Primeiro contato com o paciente: o paciente que foi submetido a um procedimento cirúrgico de grande porte, como uma cirurgia cardíaca, encontra-se na maioria das vezes em um grau alto de ansiedade, pelo medo de que aconteça algo errado como complicações indesejáveis pela cirurgia. Nesses casos, é necessário que o fisioterapeuta mostre autoconfiança no que vai ser realizado e, mais do que nunca, descreva para o paciente tudo o que vai ser realizado naquela sessão de fisioterapia. Isso faz o paciente se sentir protegido e tranqüilo para que os procedimentos possam ser realizados de forma adequada, obtendo assim o máximo de eficácia em cada técnica.
Ouvir o paciente em relação aos seus anseios e suas queixas (por exemplo, dor) é também um fator importante para que possamos fazer um atendimento de forma correta.
Exame físico: É de extrema importância um exame físico detalhado do paciente antes do início do atendimento. Esse exame consiste dos seguintes itens:
Inspeção: utilizada para visualizar a situação dos drenos torácicos, assim como sua drenagem; a situação da incisão cirúrgica, observando a presença de saída de fluidos, assim como de deiscência; a localização normal de cateteres vasculares; o padrão respiratório adotado pelo paciente (predominância do padrão ou presença do padrão patológico como padrão paradoxal); a presença de edemas em membros inferiores; e a situação da incisão do membro inferior e/ou braço para a retirada de enxertos.
Palpação: busca-se a presença de instabilidade de esterno; avaliação da dor à palpação.
Percussão: utilizada principalmente para avaliar alterações pulmonares observando-se a presença de derrames pleurais ou pneumotórax. Vale salientar que, se detectada alguma alteração pela percussão, esta deve ser confirmada com exame mai detalhado, como a radiografia do tórax.
Ausculta pulmonar: trata-se de uma ferramenta indispensável no atendimento ao paciente crítico. Quando realizada de forma correta,  conseguem-se detectar de forma eficiente alterações como atelectasias, derrames pleurais, pneumotórax, secreção brônquica, hipervolemia.
Sinais e sintomas: é importante o questionário de sinais e sintomas antes do início do tratamento. A tosse é um sintoma comum em pacientes no pós-operatório, porém, freqüentemente, eles negam a presença desse sintoma ao fisioterapeuta, pelo fato de esse causar-lhe dor torácica. No entanto faz-se necessária a solicitação de tosse para avaliar a presença de escarro, assim como de sua cor e viscosidade. A taquipnéia/taquidispnéia é encontrada nesses pacientes muitas vezes apenas como uma compensação da redução da expansibilidade na tentativa de se manter um volume minuto adequada. Porém, algumas vezes, o aumento de FR com ou sem assessoramento muscular acontece por causa do aumento da resistência de vias aéreas que ocorre devido a hipervolemia e hipersecreção brônquica. Vale salientar que a taquipnéia compensatória deve ser encarada de forma diferente em pacientes com antecedentes pulmonares como DPOC, pois esses podem evoluir facilmente com insuficiência respiratória moderada, por serem muito mais susceptíveis à fadiga muscular respiratória quando comparados com indivíduos normais,
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