A terapia manual está em alta na Fisioterapia enquanto a eletroterapia está em baixa. Para perceber isso, basta se observar a quantidade de cursos que são oferecidos que falam/mostram/ensinam/propagam as diferentes formas de terapia manuais e os que fazem isso com a eletroterapia. Porém, as duas formas tem as suas características que devem ser aproveitadas pelo fisioterapeuta.
Quando eu estava em formação como profissional, fiz estágio numa clínica que utilizava tanto a eletroterapia quanto a cinesioterapia para tratar os seus pacientes. Utilizava um pouco de terapia manual, mas nada muito específico. Foi a única. E, na prática antes de me tornar profissional, usei muito mais a eletroterapia em pacientes do que a própria terapia manual. A terapia manual entrou na minha vida profissional depois de formada e conhecer técnicas coo Kabat e Cyriax mudou a minha visão da fisioterapia.
Aprendi a não dispensar a eletroterapia. Em muitos momentos, ela me "salvou". Já tive em consultório pacientes que não toleravam o toque, a manipulação. Em vez de relaxar, travavam. O que se faz com um paciente desses até ele ter confiança em você? O que fazer com um paciente que você não consegue convencer que o que está escrito no receituário não é prescrição de tratamento? Além disso, não ignoro os benefícios que o Tens ou o Ultrassom traz.
A terapia manual abriu minha visão para muitas coisas na fisioterapia mas nunca a usei sozinha. Tem profissionais que ignoram a eletroterapia, eu não consigo. Acho essa coisa de exclusão de recursos desnecessária quando se pode usá-los para trazer o bem para o pacientes potencializando o tratamento.