A Neurodinâmica Clínica e Amplitude de Movimento
Neurodinâmica clínica é a aplicação da mecânica e da fisiologia do sistema nervoso, como elas se relacionam entre si, e são integradas à função musculo-esquelética. Qualquer movimento do corpo ou no corpo produz um movimento neurodinâmico e um movimento da sua interface mecânica. Ocorrendo uma acomodação do nervo em busca de conforto, e fugindo de tensão.
As mobilizações neurais consistem em movimentos lentos e ritmados em um período de 30 a 60 segundos e podem ser feitos segundo os graus de I a IV de Maitland. As manobras podem ser feitas tanto pelas articulações de extremidade (pé, tornozelo, mão, cotovelo) quanto pela coluna (cervical, torácica e lombar).
Portanto, o terapeuta deve saber todos os testes neurais e utilizá-los adequadamente tanto na avaliação quanto no tratamento.
Durante toda a execução das manobras o terapeuta precisa manter a mesma força, amplitude articular e frequencia, pois eles fazem parte do benefício da mobilização. A manobra pode ser realizada até 3 vezes por sessão e não há periodicidade de dias de tratamento estabelecida, porém, nunca esquecer da hipersensibilização que a terapia manual pode promover.
A amplitude de movimento em que vai se mobilizar o tecido neural é sempre a amplitude indolor ao paciente. Uma característica marcante das manobras neurais é: mesmo que o paciente melhore dos sintomas entre uma manobra e outra (na avaliação continuada) é recomendado ao terapeuta que continue mobilizando o tecido neural na ADM que ele escolheu na primeira manobra. Apenas no dia seguinte é que se faz uma ADM maior (caso indicado).
Esta sugestão existe, pois muitas vezes os sintomas melhoram em curto prazo (no consultório), porém pioram em longo prazo, quando o paciente vai para casa, portanto, muito critério ao usar as técnicas de neurodinâmica.