Fisioterapia nas principais doenças incapacitantes no idoso

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A Incapacidade funcional é comumente definida como a restrição da capacidade do indivíduo de desempenhar atividades normais da vida diária e quantifica o impacto de doenças ou acidentes.

Visando atingir uma velhice com saúde e qualidade de vida, deve-se ter como objetivos fisioterapeuticos:

1. promover medidas que possibilitem o retardar os processos inerentes ao envelhecimento.

2. Orientar sobre os fatores que podem estimulem o envelhecimento prematuro ou patológico, e como evita-los;

3. reduzir ao máximo as situações que gerem perda da independência e autonomia do idoso.

Por isso a prevenção das doenças, a fisioterapia aplicada quando necessária e a introdução de atividades físicas de acordo com cada paciente sempre será benéfico.

Durante a avaliação fisioterrapeutica inicial do paciente idoso é fundamental a utilização de questionários como a escala funcional de Katz e Lawton, que permitem a compreensão imediata da capacidade funcional do indivíduo. Em seguida a anamnese é dirigida, questionando-se quanto a ocupação anterior e a identificação do cuidador.

Depois de se estabelecer o diagnóstico clínico, é feito uma correlação entre doença e o grau de incapacidade existente, além de avaliar a queixa e a duração da incapacidade.

No exame físico, inicialmente, deve observar a marcha, se está acompanhado, usando bengala, muleta ou cadeira de rodas. No exame da marcha verificam-se as fases, do equilíbrio e da coordenação, as atividades instrumentais de vida diária.
O exame dos movimentos do sistema locomotor, compreendido pela força muscular, pelo trofismo, pelas amplitudes dos movimentos articulares, pelo padrão respiratório, e alteração de sensibilidade, a postura, tanto estática como dinâmica.

Principais doenças incapacitantes

As principais doenças que causam incapacidade nos idosos e devem ter uma avaliação fisioterápica são:

1 – O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como "derrame cerebral", pode ocasionar deficiências motoras e/ou sensitivas localizadas, sendo que esses sinais neurológicos indicam a área do cérebro que foi afetada.
Após um episódio de AVC podemos observar uma grande deterioração da qualidade de vida, tornando o paciente incapacitado para andar, ver, sentir, falar.

2 – As doenças pulmonares crônicas representadas principalmente pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): a asma e a bronquiectasia, pioram a qualidade de vida dos idosos, pois o paciente sente falta de ar (dispnéia), tosse com expectoração, que levam a baixa tolerância a exercícios, limitando-o nas atividades da vida diária (AVD).

A pneumonia pode ocorrer em pacientes idosos acamados ou mesmo portadores de doenças crônicas, sendo extremamente freqüente e grave nessa faixa etária.

3 – Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, de evolução lenta e progressiva, que leva a incapacidade física nas fases mais avançadas, com sintomas como tremor, rigidez, acinesia (perda de movimento), alterações de postura e da motricidade automática, resultando em quedas freqüentes e riscos de fraturas

4 – Doenças osteoarticulares são afecções que acometem o idoso entre elas a osteoporose, a artrite reumatóide e a osteoartrose.

-A osteoporose é muito comum e está associado ao grande risco de queda e fraturas. As fraturas de quadril e de colo de fêmur estão entre as maiores causas de imobilização e dependência física.
-A artrite reumatóide é um processo inflamatório crônico, sistêmico, afetando as membranas sinoviais e causando além de dor, deformidades articulares.
-A osteoartrose é uma doença articular degenerativa, leva a dor articular e incapacidade, com rigidez matinal no início e deformidade na fase tardia, com instabilidade articular e dor mesmo no repouso.

5 – As Demências são doenças neurológicas responsáveis por mais de 50% das admissões em casas de repouso, por causar incapacidade de realizar as AVDs. Leva a um quadro de diminuição progressiva da função cognitiva,isto é, perda de memória, perda da capacidade de abstração e juízo, geralmente com alteração da personalidade. Exemplos são a Doença de Alzheimer e a demência por múltiplos infartos, além de falta de vitaminas, hipotireoidismo, infecções e outras.

6 – Quedas: a instabilidade do porte e as quedas são as maiores causas de incapacidade para os idosos, sendo causada tanto pelos próprios fatores do envelhecimento como por diversos outros fatores como causas patológicas, fatores extrínsecos.

7 – O idoso restrito no leito, por fatores físicos apresentam aspectos psicológicos que compõe um "quadro de imobilidade" que piora muito a sua qualidade de vida.
Dos fatores físicos citar as disfunções neurológicas, osteoarticulares e cardiovasculares, por serem geralmente as mais incapacitantes.

Os fatores psicológicos como medo de cair e a depressão contribuem para a diminuição da mobilidade. Nos pacientes restritos ao leito que não tem condições de ter uma cadeira de rodas, uma bengala, ou mesmo não tem outros suportes adequados para a doença na própria casa, e principalmente a falta de estímulo pelo cuidador.Todos estes fatores pioram o quadro do paciente e aumentam a sua incapacidade.

O importante é investir na prevenção, é olhar o paciente em todo o seu mundo, onde vive, o que come, onde dorme, quem cuida, se precisa de ajuda e antes não precisava, avaliar as medicações utilizadas, introduzir novos tratamentos desde a fisioterapia, a fitoterapia a acupuntura, tratamento cirúrgico e medicamentoso se for o caso, nunca desistir e dar esperança para que o paciente consiga trabalhar com as suas doenças, a sua vida, a dignidade e principalmente corrigir a incapacidade procurando a sua independência, a sua autonomia.

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