A Eletroterapia na DPOC
A eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas com finalidades terapêuticas diversas. Existem muitos tipos de correntes que podem ser utilizadas na eletroterapia, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contraindicações. Mas todas elas têm um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido por meio das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia (Wikipédia, 2009).
A DPOC é caracterizada pela obstrução do fluxo aéreo expiratório, denominadas enfisema pulmonar e bronquite crônica. Devido a essa obstrução os pacientes portadores de DPOC sofrem prejuízos na mecânica pulmonar e na musculatura esquelética periférica e respiratória, representando um fator essencial na dispneia, o que acarreta uma intolerância ao exercício de intensidade variável relacionada a disfunção muscular.
Alguns estudos realizados mostram a eficiência da intervenção de eletroterapia diante da doença. Métodos de eletroestimulação neuromuscular vêm sendo utilizados na fisioterapia para reabilitar o músculo diafragmático e melhorar a ventilação pulmonar em pacientes que apresentam distúrbios respiratórios.
Os RTF's que estimulam a contração muscular (ex: corrente russa, FES, corrente interferancial) podem ser utilizados, sendo aplicados nos pontos motores do músculo diafragmático para o ganho de força muscular respiratória através de eletroestimulação neuromuscular, tanto na musculatura inspiratória como na musculatura expiratória, com correntes de média frequência, pois mostraram mais eficiência no aumento da força muscular, por promover menos fadiga muscular, e por ser mais agradável do que correntes de baixa frequência.
Estudos comprovam que indivíduos com DPOC que possuem uma boa qualidade de vida, como bom estado nutricional, que não possuam patologias cardiovasculares, distúrbios esqueléticos, sensoriais e psicossociais, possuem um bom resultado no tratamento quando este é relacionado com o uso de eletroterapia. E para que ainda se obtenha um melhor resultado, exercícios que trabalhem a musculatura respiratória e abdominal irão desencadear diminuição da sensação de dispnéia e melhora com relação ao comprimento versus tensão do diafragma.
Não devemos esquecer que para a utilização da eletroterapia há precauções que devem ser seguidas: evitar tratar sobre a pele com transtorno de sensibilidade, evitar feridas abertas na área de tratamento, evitar áreas de extremo edema, não colocar eletrodos sobre os músculos da laringe, faringe, próximo ao seio carotídeo. São contraindicações para utilização da eletroterapia: áreas com distúrbio vascular, indivíduos portadores de neoplasias, pacientes mentalmente desorientados.
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