Síndrome Dolorosa Miofascial e o tratamento dos Trigger Points
A Síndrome Dolorosa Miofascial é definida como uma disfunção neuromuscular regional que tem como característica a presença de regiões sensíveis em bandas musculares contraturadas/tensas, produzindo dor referida em áreas distantes ou adjacentes. Entre as causas, estão traumas (macro e microtraumas), infecção ou inflamação devido a uma patologia de base, alterações biomecânicas (discrepância de membros, aumento acentuado dos seios) e posturais, distensões crônicas, esfriamento de músculos fatigados e miosite aguda.
A Síndrome Dolorosa Miofascial pode estar presente em qualquer músculo, e na grande maioria das vezes é acompanhada de pontos hipersensíveis, chamados de trigger points. Clinicamente, é um foco irritável no músculo associado com o nódulo palpável hipersensível na zona de tensão. O foco é doloroso a compressão e pode desencadear padrões característicos de dor, sensibilidade a distância, fenômenos autônomos e disfunção motora.
- São extremamente comuns
- Podem provocar dor local ou referida
- Estando presentes, causam a diminuição da ADM, mesmo não provocando dor
- Contribuem para alterações posturais
- Muito conhecido pelos profissionais da área da saúde
- Poucos são os profissionais da saúde que sabem lidar com os mesmos
- Podem ser miofasciais ou não-miofasciais
- Os miofasciais são os mais comuns
- O músculo esquelético é responsável por quase 50% do peso corporal
- São num total aproximado de 200 pares, ou seja, 400 músculos que podem apresentar os Pontos-gatilho causando dor e disfunção motora
Técnicas de tratamento
- Injeção do Ponto-gatilho
- Spray e alongamento
- Eletroterapia
- TEM: relaxamento pós-isometria, inibição recíproca, contração-relaxamento
- Técnicas posicionais: JONES / PRT
- Massagem transversa profunda (CYRIAX)
- Liberação miofascial por deslizamento profundo
- Liberação por pressão
Como ocorre a liberação por pressão
- Libera os sarcômeros contraídos dos nós de contração no Ponto-gatilho (liberação de barreira)
- Diferente do conceito de compressão isquêmica
- Mais agradável ao paciente
- Requer habilidade manual
- O músculo e mantido no seu comprimento livre durante o processo
Deverá ser muito elaborado, começando por uma boa anamnese e avaliação propriamente dita. Na avaliação, a dígitopressão em algum trigger desencadeará os sintomas locais e a distância. O fisioterapeuta deverá manter a pressão nos pontos, enquanto o paciente irá relatar que a dor está forte no local e irradiando para pescoço e, às vezes, braço e cabeça, e essa dor melhora em alguns segundos. Isso é muito importante para diagnóstico diferencial de outras cervicalgias, tais como a radículopatia. Esse teste é conhecido como pressure release (liberação por pressão).
As diretrizes de tratamento são baseadas em sugestão do enfoque suíço e modificadas por muitos profissionais. No nosso dia a dia, adaptamos a nossa conduta com Terapia Manual.