Dicas para lidar com pessoas com incontinência urinária
O assoalho pélvico é um grupo muscular que tem como principais funções sustentar os órgãos pélvicos, manter a continência urinária e fecal e a resposta sexual.
Portanto, exercícios de contração - também conhecidos como cinesioterapia - para fortalecer o assoalho pélvico são considerados importantes aliados no tratamento da incontinência tanto urinária, quanto fecal. Segue 10 dicas para lidar com pessoas que tenham incontinência.
Materiais para incontinência urinária
1º Abordar adequadamente os distúrbios emocionais, que frequentemente estão relacionados. Inclusive, poderá ocorrer a depressão e, nesse caso, procurar auxílio profisssional.
2º Listar as medicações em uso, na tentativa de se detectar alguma que esteja contribuindo para a incontinência urinária. Se for o caso, o médico deverá tomar conhecimento do caso e substituí-la, ou tentar alterar a posologia. Os sedativos podem alterar a percepção dos idosos e, assim, poderão causar ou piorar a incontinência urinária. Os diuréticos podem aumentar a quantidade de urina, o que pode funcionar como fator predisponente para a incontinência urinária. Drogas bloqueadoras dos receptores alfa-adrenérgicos, utilizadas na hipertensão, podem bloquear os receptores presentes no colo vesical, ocasionando as perdas urinárias por esforços nas mulheres. Os bloqueadores de canal de cálcio, também utilizados na hipertensão, relaxam a musculatura lisa e podem ocasionar a retenção urinária, que, por sua vez, poderá gerar a incontinência urinária. Outras drogas, como os antidepressivos, antiparkinsonianos, antiespasmódicos e opiáceos também podem diminuir a contractilidade do músculo da bexiga e, assim, ocasionar também a incontinência urinária.
3º É uma ideia ruim restringir a ingestão de líquidos para se urinar menos. Essa atitude pode causar desidratação em um idoso e piorar seu quadro geral.
4º Quando não há controle sobre a micção, automaticamente se inicia o uso de fraldas e/ou protetores íntimos. Isto para prevenir perdas urinárias públicas e a troca excessiva de roupas molhadas de urina. Se bem explicada a necessidade e se feito tudo de maneira carinhosa pelo cuidador, haverá boa aceitação pelo indivíduo acometido, se ausente o déficit cognitivo significativo.
5º Uma boa higiene em cada troca de fralda deverá ocorrer para se retirar bem os resíduos de urina. A má higiene pode levar à infecção urinária e à lesão da pele (vulva, glúteo e coxa).
6º Observar se a fralda noturna não amanhece vazando, pois, em alguns casos, pode ser necessária uma troca na madrugada. Fralda molhada por tempo prolongado também pode causar assaduras, ferida na pele e infecção.
8º Alguns produtos são disponíveis para um maior conforto do indivíduo acometido, por exemplo: roupa de cama à prova de água e lençóis absorventes.
9º Naqueles com edema periférico e insuficiência cardíaca congestiva, pode-se promover a redistribuição do "volume estagnado", durante o dia, com o uso de meias elásticas. Nesses casos, os líquidos acumulam-se nos membros inferiores e são reabsorvidos à noite, o que acaba por aumentar uma incontinência urinária.
10º A normalização do hábito intestinal e o esvaziamento do fecaloma muitas vezes melhoram os sintomas de incontinência urinária em idosos acamados, principalmente.
Materiais para incontinência urinária