TENS e a osteoartrose no joelho
A TENS em pacientes com OA de joelhos tem como objetivo terapêutico provocar a diminuição da dor e, assim, melhorar a atividade funcional. Com a utilização de escalas de dor, que facilita o entendimento da doença, é possível tratar e diminuir os sintomas que limitam muito os indivíduos. Nossos resultados sugerem que a TENS pode ser utilizada como uma terapia coadjuvante ao tratamento de paciente com OA em joelho, proporcionando redução da ingestão de medicamentos quando for indicada e diminuindo de custos com a medicação com a devida orientação.
Os efeitos fisiológicos da eletroterapia sobre o sistema neuromúsculo-esquelético são: analgesia, estimulação muscular, vasodilatação, redução de edema, diminuição da inibição reflexa, facilitação na cicatrização de lesões em tecidos moles e facilitação da consolidação de fraturas.
OA de joelho é o mais comum tipo de osteoartrose, e sua prevalência aumenta em paralelo com a idade populacional. É uma condição que está associada com dor e inflamação da capsula articular, prejuízo da estabilização muscular, redução da amplitude de movimento e incapacidade funcional.
A TENS trabalha com quatro níveis de intensidades de estímulos: subsensório, sensório, motor, nociceptivo.
O nível subsensório da TENS utiliza um período da carga elétrica de amplitude insuficiente para alcançar o limiar sensório e despolarizar os axônios dos nervos periféricos ou despolarizar a membrana muscular.
O nível sensório é definido como a estimulação em ou acima do limiar sensitivo e abaixo do limiar motor e é primeiramente indicado para dor aguda e subaguda, mas também tem utilidade em condições crônicas.
O nível motor de estimulação é usado primariamente para controle de dor não aguda. A amplitude da TENS é alta e o suficiente para produzir contração muscular visível
A TENS, aplicada na periferia, ou seja, no local da lesão, ativa as fibras aferentes primárias. Essa informação é transmitida para a medula espinhal e o resultado é a inibição tanto no local como nas vias descendentes inibitórias, medula ventromedial rostral (RVM); envolve 5-HT opioides, que podem ser ativados pela substância cinzenta periaquedutal. Estudos anteriores mostram que os receptores opioides na medula espinal e RVM e receptores serotoninérgicos, muscarínicos na medula espinhal, mediam a redução da hiperalgesia pela TENS.
A influência da TENS sobre a amplitude de movimento, ou seja, atividades funcionais como subir e descer escadas ou deambular, mostrou melhora significativa nas três frequências pesquisadas, o que não aconteceu no grupo placebo. Dor é um dos principais fatores que impedem o movimento; em todos os grupos a dor foi reduzida significativamente.
A TENS nível sensório aplicado em pacientes com OA de joelho contribui para diminuição da dor e melhora funcional. Os benefícios parecem mais claros à medida que quantificamos a dor e aplicamos o resultado nas atividades da vida.