A falência da saúde com a aprovação do ato médico



E o Senado Federal, na calada da noite, literalmente, aprovou o Ato Médico. Num momento que o país está "virado" para outro assunto, depois de ser adiado por falta de kórum, a votação ocorreu ontem a noite. Depois de tanta luta e de ter passado para a Câmara Federal, os senadores aprovaram a PSL que regulamenta a profissão do médico e encaminharam para a presidente Dilma. Ela tem o poder do veto, porém é pouco provável que isso aconteça. Mas o que isso mudará no seu dia a dia?

O ato médico foi feito para dizer o quais são as obrigações da classe. Nada demais se, entre as obrigações, não tivessem itens que faz a equipe multidisciplinar ser submetida a uma única classe. O avaliar, prescrever tratamento, dar diagnóstico cabe ao profissional de cada área, mas pelo ato médico isso agora é obrigação do médico.

Aos que acham que nada mudará, não foi a toa que eles lutaram tanto para que isso fosse aprovado. Não foi a toa que o corporativismo médico atuou por tanto tempo para que  fossem colocado num patamar acima de outros profissionais de saúde. Por lei, conseguiram. Agora estão num patamar acima, como "chefes" de uma equipe de saúde. Mais do que regulamentar a profissão de médico, que já era feito numa lei de 1991, fizeram com que profissionais de saúde sejam submetidos a eles. Ao fisioterapeuta, ao psicologo, ao fonoaudiólogo, ao dentista e outros, meus pêsames!

Vamos ver no que isso vai dar. Prognóstico?  O pior possível! Num cenário onde um profissional de saúde não respeita os demais e precisa impor isso através de uma lei cretina, não se pode esperar uma saúde que não seja falida. Simplesmente porque o modelo é falido.
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