O efeito agudo da liberação miofascial e do alongamento por FNP em docentes com lombalgia idiopática
Introdução
Atualmente, parte da população sofre de disfunções na coluna vertebral devido às más posturas corporais adotadas durante o cotidiano, associado ao déficit de condicionamento físico, trabalho com cargas excessivas e tarefas repetitivas. Cerca de 70 a 80% dos indivíduos adultos em algum período de suas vidas são acometidos pela lombalgia, sendo uma das mais freqüentes complicações da saúde humana (SOUZA, 2009).
Por apresentar uma etiologia multifatorial, a lombalgia pode estar associada a fatores sócio-econômicos e demográficos, estilo de vida urbano sedentário, obesidade, posturas viciosas durante o trabalho, aumento da sobrevida média da população e contraturas musculares (POLITO et al, 2003).
A postura é um dos fatores que interfere no aparecimento desta sintomatologia, Jesus e Marinho (2006) descrevem o ortostatismo e a força da gravidade exercida sobre o corpo, causadores do aumento exagerado da lordose lombar, contribuindo para a tensão e fadiga da musculatura paravertebral desencadeada pelas posturas inadequadas e mantidas por longos períodos.
Sendo o encurtamento muscular uma das características do paciente com lombalgia, Polachini et al (2005) relata que um músculo encurtado tende a gerar diminuição da flexibilidade e dores freqüentes, resultando em limitação na mobilidade articular. A carência de flexibilidade na região do tronco e quadril, é um dos maiores fatores para o surgimento de dores lombares, onde os níveis de flexibilidade articular reduzido representam 80% dos quadros álgicos (ACSM apud ROSA; LIMA, 2009).
Diversas são as associações de técnicas utilizadas pelos profissionais da área de fisioterapia como tratamento para a dor lombar. Nesse contexto, Calonego e Rebelatto (2002) afirmam em estudos que as técnicas de terapia manual baseadas em manobras miofasciais, além de se mostrarem eficazes, podem ser aplicadas nos quadros de lombalgia aguda. A miofasciaterapia é uma técnica que atua com mobilizações manuais da fáscia visando quebrar o espasmo muscular, aumentar a circulação local e diminuir a dor (MOURAD, 2005).
Uma das causas da lombalgia trata-se do encurtamento muscular e conhecendo as vantagens e respostas da prática clínica do alongamento e da liberação miofascial na fisioterapia, é necessário observar os efeitos destas técnicas na diminuição desta sintomatologia do paciente, proporcionando um equilíbrio entre qualidade de vida, mobilidade e estabilidade, resultando em um bom desempenho funcional.
A partir do exposto e pela carência de estudos do tratamento de docentes com esta sintomatologia, formulou-se a idéia desta pesquisa, a qual dispõe-se a analisar o efeito agudo da liberação miofascial e do alongamento por FNP em professores com lombalgia.
Materiais e métodos
Esta pesquisa de caráter intervencionista com abordagem quantitativa, foi realizada no Laboratório de Cinesioterapia do Centro Universitário do Norte – Laureate International Universities no período de agosto a novembro de 2011, na cidade de Manaus/AM.
Anteriormente à realização do estudo foi solicitada via ofício autorização para o desenvolvimento da pesquisa e houve resposta assinada pela direção da universidade permitindo sua realização. Os aspectos éticos envolvidos numa pesquisa com seres humanos foram observados no desenvolvimento do estudo, obtendo-se a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (em anexo) envolvendo seres humanos (CEP) do Centro Universitário do Norte.
Para a composição da amostra foi realizada uma entrevista com quarenta professores selecionados de forma intencional do Centro Universitário do Norte que relataram apresentar lombalgia, dos entrevistados quinze fizeram parte da pesquisa, sendo cinco homens e dez mulheres. Foram excluídos do estudo aqueles indivíduos que não se encontravam entre a faixa etária de 25 a 55 anos, com a sintomatologia há menos de um ano possuindo o diagnóstico de outras patologias associada a lombalgia, que estivessem realizando algum tratamento e/ou utilizando-se de fármacos durante o período da pesquisa, assim como a incompatibilidade de horários entre os docentes e acadêmicos.
No dia agendado, os docentes passaram por uma avaliação através da Escala Visual Analógica (EVA), uma régua graduada de 0 a 10, na qual 0 significa ausência de dor e 10, a pior dor imaginável. Os participantes do estudo foram instruídos a marcar na escala o nível de dor no presente momento antes do atendimento.
A avaliação da flexibilidade foi realizada em seguida com a utilização do flexímetro, consistindo em um inclinômetro gravidade-dependente, cuja escala é de um grau, preso a uma fita de velcro, os movimentos avaliados foram a flexão e extensão da coluna, além da flexão e extensão do quadril do hemicorpo esquerdo e direito de cada paciente, sendo coletado três mensurações para cada movimento avaliado a fim de realizar o cálculo da média, conforme protocolo idealizado pelo grupo de pesquisa.
Durante a avaliação da flexão da coluna, o paciente foi posicionado em ortostatismo tendo a sua pelve estabilizada pelo avaliador, evitando a inclinação anterior. Com o mostrador do flexímetro posicionado lateralmente na região torácica, 15 cm abaixo da linha axilar, o paciente foi orientado a realizar a flexão da coluna.
Para avaliar a extensão da coluna o paciente foi posicionado em ortostatismo, com suas mãos na parte posterior do quadril, tendo o mostrador do flexímetro posicionado lateralmente na região torácica, 15 cm abaixo da linha axilar. Quando orientado a realizar a extensão, o indivíduo não poderia projetar a pelve para frente e nem a flexionar os joelhos.
Na avaliação da flexão do quadril, o paciente foi posicionado em decúbito dorsal na maca com o flexímetro a 30 cm da espinha ilíaca ântero-superior, sendo o mostrador posicionado na face lateral da coxa avaliada. A pelve do mesmo foi estabilizada evitando a elevação do quadril e o joelho contralateral mantido em extensão. Para minimizar a tensão proveniente do gastrocnêmio, o paciente realizou a flexão plantar durante a flexão do quadril.
Para a extensão do quadril o paciente foi posicionado em decúbito ventral com a cabeça rodada lateralmente, fixando-se o flexímetro na face lateral da coxa avaliada a 40 cm da espinha ilíaca póstero-superior para que não houvesse alteração da angulação com alguma movimentação do joelho, com este estendido o paciente realizava a extensão do quadril. Durante a movimentação o avaliador estabilizava a pelve do paciente para evitar que o quadril perdesse o contato com a maca durante a realização do movimento.
A etapa seguinte foi a realização do tratamento proposto na pesquisa, consistindo em uma única sessão, onde o paciente era avaliado e reavaliado no mesmo dia da aplicação das técnicas. Primeiramente foi realizada a liberação miofascial através das técnicas de dígito compressão dos pontos-gatilho e massagem transversa nos músculos quadrado lombar, paravertebrais, piriforme e isquiotibiais, seguida da realização de alongamento com técnica FNP nos músculos isquiotibiais, iliopsoas e paravertebrais.
A técnica de dígito compressão ou dígito pressão, iniciou-se através da identificação e localização dos pontos-gatilho colocando o paciente em uma posição confortável, na qual o músculo afetado pudesse sofrer uma extensão completa. Após isto, foi aplicada uma pressão crescente de forma suave e gradual no ponto-gatilho, que foi sustentada até sentir que o mesmo estivesse aliviado, podendo durar de segundos a minutos.
Em seguida, houve a aplicação da massagem transversa com o paciente em uma posição confortável na qual o músculo afetado pudesse sofrer uma extensão completa, foi identificado o quadrante da musculatura tensionada, e com a região tenar aplicou-se na direção transversal das fibras dos músculos a serem tratados deslizamentos profundos, até sentir o ponto-gatilho aliviado e o paciente referir ausência da dor.
No alongamento com técnica de FNP para o músculo isquiotibial, o participante se posicionava em decúbito dorsal com a coxa contralateral a ser alongada, estabilizada em extensão pelo pesquisador. Com o joelho estendido, o quadril do avaliado foi fletido passivamente até o limiar de dor, sendo solicitado que o voluntário realizasse contração dos extensores do quadril contra a resistência aplicada pelo pesquisador durante 5 segundos. Ao relaxar a musculatura o voluntário tinha o quadril flexionado passivamente, com o joelho estendido, até referir novamente desconforto. Essa manobra foi repetida três vezes em cada membro.
Para o músculo iliopsoas, o paciente se posicionava em decúbito dorsal à beira leito com a coxa contralateral a ser alongada estabilizada pelo pesquisador, que se encontrava ao lado do hemicorpo a ser alongado com suas mãos sobre a região distal do quadríceps, este solicitava ao avaliado que realizasse força contraindo os flexores do quadril durante 5 segundos contra a resistência aplicada pelo avaliador. Ao final da contração, o paciente relaxava a musculatura e logo em seguida tinha o quadril estendido passivamente com o joelho flexionado. Essa manobra foi repetida três vezes em cada membro.
Por último foi aplicada a técnica de FNP nos músculos paravertebrais. Com o avaliado sentado sobre a maca, solicitou-se ao indivíduo que realizasse uma contração de 5 segundos contra a resistência imposta pelo pesquisador na região dorsal do paciente, ao término da contração a coluna do mesmo foi fletida passivamente. Esta manobra fisioterapêutica foi repetida três vezes.
Após aplicação das técnicas, cada docente quantificava seu grau de dor através da EVA e relatava se havia ocorrido qualquer alteração sensório/motora durante o tratamento.
A reavaliação através do flexímetro foi realizada, para o cálculo da média da flexibilidade pós tratamento, e cada participante juntamente com os pesquisadores analisava seus resultados, e comparava o grau de flexibilidade pré e pós tratamento.
A descrição dos dados foi inicialmente compilada através de estatística descritiva da média, desvio padrão e coeficiente de variação. Após esta etapa foi realizada a estatística comparativa através do teste "t" de Student com nível de significância para "p" de 0,05. Foram também elaborados dois gráficos com os valores subjetivos de dor relatados pelos pacientes através da EVA, comparando os valores pré e pós atendimento do sexo masculino e feminino separadamente.
Resultados e discussão
Na presente pesquisa todos os participantes apresentaram pontos-gatilho em um ou mais músculos avaliados, do total 80% dos docentes apresentaram quadrado lombar bilateralmente acometido, assim como no estudo de Lima et al (1999) onde este músculo foi diagnosticado como um dos maiores causadores da lombalgia. Estes mesmos autores citam o glúteo médio como importante estrutura envolvida na origem da dor lombar, porém em nossa estatística não houve confirmação deste dado, onde foi observado que os outros músculos mais acometidos foram os paravertebrais (66,66%), seguido do piriforme (46,66%) e isquiotibiais (33,33%), valores estes encontrados na tabela abaixo.
Segundo Issy e Sakata (2010), em patologias com acometimentos miofasciais, a dor localizada é associada à presença de contraturas musculares e pontos-gatilho, causando dor referida ao serem comprimidos.
Tabela 1. Músculos com pontos-gatilho
Nos gráficos a seguir são apresentados os resultados da avaliação de dor através da EVA dos docentes que participaram da pesquisa, comparando o grau de dor pré e pós tratamento fisioterapêutico com a utilização da liberação miofascial e alongamento com técnica de FNP, sendo o gráfico 1 a avaliação dos docentes do gênero masculino e o gráfico 2 do gênero feminino.
Gráfico 1. Escala Visual Analógica de dor dos docentes do gênero masculino
Pelo gráfico acima podemos observar que todos os sujeitos da pesquisa apresentaram queixas de dor na região lombar, estando de acordo com o estudo de Delcor et al (2004) o qual encontrou em sua pesquisa sobre queixas de dores em professores, a presença de lombalgia na maioria dos pesquisados. Portanto, verificou-se a diminuição do quadro álgico em todos os participantes após o tratamento realizado, tendo dois deles chegado à zero na sensação de dor pós sessão, enquanto os demais ao valor um na escala.
Gráfico 2. Escala Visual Analógica de dor das docentes do gênero feminino
Analisando-se o gráfico 1 e 2 é possível observar que independente do gênero dos docentes houve a diminuição dos quadros álgicos de todos os pacientes participantes do tratamento, tendo diminuído a dor a menos de 50% da escala na comparação pré e pós- tratamento.
O grupo feminino, de acordo com Silvany et al apud Delcor et al (2004) representa a maioria dos profissionais que atuam como docentes. Ao término da sessão quatro sujeitos não relataram dor após o tratamento, sendo no total dez avaliadas. As demais apresentaram diminuição dos valores atribuídos a dor no pós tratamento.
Os resultados apresentados corroboram com os estudos de Garcia e Souza (2009) os quais observaram as técnicas de liberação miofascial do tecido conjuntivo como recursos utilizados no tratamento das lombalgias, pois amenizam o quadro álgico, melhoram o aporte sanguíneo e recuperam a mobilidade das fáscias.
Da mesma forma, Campelo (2008) afirma que através da utilização desta técnica, é possível proporcionar a desativação de pontos-gatilhos, promover um alinhamento correto das estruturas corporal, minimizar a restrição do movimento e a dor sem causar comprometimento das estruturas miofasciais.
Na tabela 2, são apresentados os valores de média, desvios padrões e coeficientes de variação encontrados antes do programa de tratamento proposto e após o término do atendimento, dos docentes do sexo masculino, relacionados ao teste de flexibilidade de flexão e extensão da coluna e flexão e extensão do quadril de cada hemicorpo.
Tabela 2. Valores descritivos da avaliação da flexibilidade antes e depois do tratamento dos docentes do sexo masculino
Analisando-se a tabela 2 é possível inferir que a amostra do sexo masculino tem uma característica relativamente homogênea na maioria das variáveis do estudo. Tendo como valor padrão para amostras heterogêneas o coeficiente de variação acima de 30% (MAGALHÃES; LIMA, 2009).
Na comparação entre pré e pós-tratamento podemos observar que houve diferença significativa em todas as variáveis coletadas. Durante a avaliação da flexão da coluna, o ângulo médio antes do tratamento foi de 11,13 graus, tendo um aumento significativo para 36,53 graus ao término do atendimento.
Este ganho de amplitude é muito importante para pacientes com lombalgia, pois a musculatura posterior do tronco limita esta ação, quando encurtada aumenta a compressão de uma vértebra sobre a outra, podendo aumentar ou acelerar o processo de formação de uma herniação discal, influenciando no quadro álgico destes pacientes. Da mesma forma Helfenstein Junior, Goldenfum e Siena (2010) afirmam que queixas freqüentes de dor na coluna lombar estão associadas à tensão da musculatura paravertebral decorrente de posturas incômodas e da degeneração precoce dos discos intervertebrais pelo excesso de esforço físico e posturas inadequadas por longos períodos de tempo.
No movimento de extensão do tronco também foi apresentado um ganho de amplitude significativo, tendo praticamente dobrado este de 18,53 para 35,73 graus. Esta variável é de suma importância para o processo de reabilitação de um quadro álgico, pois a limitação neste movimento pode ser gerada por um encurtamento dos músculos Iliopsoas, tendo a sua inserção proximal no corpo da última vértebra torácica e em todas vértebras lombares. Este músculo quando encurtado bilateralmente pode gerar um aumento da lordose lombar, e seu encurtamento unilateral pode gerar rotação ou inclinação de uma vértebra lombar que estariam ligadas diretamente as alterações no alinhamento da mesma, auxiliando assim no aumento da dor do paciente (KISNER, 2005).
Analisando-se a tabela 3 é possível inferir que a amostra do sexo feminino tem características relativamente homogêneas na maioria das variáveis desta pesquisa tanto antes quanto depois da aplicação das técnicas propostas no estudo. Tendo como valor padrão para amostras heterogêneas segundo Magalhães e Lima (2009) o coeficiente de variação acima de 30%.
Tabela 3. Valores descritivos da avaliação da flexibilidade antes e depois do tratamento dos docentes do sexo feminino
Quando comparado os valores das médias pré e pós-tratamento é possível observar que as docentes também apresentaram um aumento significativo da flexibilidade em todas as variáveis após aplicação dos procedimentos. Entretanto, os valores de flexibilidade das mulheres antes do tratamento já apresentavam-se maiores que a dos homens concordando com os estudos de Kuo et al (1997) os quais observaram meninas apresentando maior grau de flexibilidade na musculatura do que os meninos e nenhuma variação significativa ocorre com o avanço da idade.
Somando-se a esta discussão, Shiromoto (2002) afirma que a mulher possui maior flexibilidade quando comparada ao homem, seja por questões anatômicas, hormonais e/ou comportamentais, sendo as questões hormonais um grande agente na maior flexibilidade das mulheres, devido à menor densidade dos tecidos provocada pelo estrógeno, responsável pelo menor desenvolvimento de massa muscular.
No que diz respeito aos ganhos de flexibilidade deste estudo, os homens obtiveram maior desempenho na flexão e extensão da coluna após o tratamento, contradizendo a literatura supracitada, porém na articulação do quadril as mulheres obtiveram maiores ganhos, estando de acordo com os achados de Carvalho et al (1998) onde mostraram que em relação à flexibilidade, as mulheres possuem de forma global, maiores ganhos que os homens.
Wojtys et al apud Alcântara et al (2010) defende esta maior complacência em mulheres sendo associada ao aumento de temperatura e oscilações hormonais durante o ciclo menstrual, sobretudo de estrogênio, progesterona e relaxina.
Com relação ao tratamento da lombalgia, inúmeras são as técnicas disponíveis na área fisioterapêutica podendo ser utilizadas e associadas para diminuição do quadro álgico do paciente. Deste modo, Hong et al apud Couto (2009) relatam em seu estudo a combinação da digito pressão e massagem transversa são técnicas eficazes para o alívio imediato da dor.
Do mesmo modo, Campelo (2008) alega que a pressão exercida pela liberação miofascial aumenta o fluxo sanguíneo para a área afetada, promove melhora da oxigenação tecidual, desencadeia alterações bioquímicas locais, e conseqüentemente, facilita o alongamento da fáscia e da musculatura envolvida por ela.
Conclusão
O presente estudo permitiu observar a diminuição imediata do quadro álgico e o aumento da flexibilidade da coluna e do quadril em todos os participantes da pesquisa de forma significativa, independente do gênero dos docentes. Quanto a avaliação dos músculos em relação aos pontos-gatilho, o quadrado lombar foi o mais acometido, seguido dos paravertebrais, piriforme e isquiotibiais.
Na comparação entre os ganhos de flexibilidade com relação aos sexos feminino e masculino, os homens obtiveram maior desempenho na flexão e extensão da coluna após o tratamento, enquanto as mulheres apresentaram melhores resultados na articulação do quadril, demonstrando a eficácia da associação das técnicas escolhidas para a pesquisa. Entretanto, os valores de flexibilidade das mulheres antes do tratamento já apresentavam-se maiores que a dos homens.
Por fim, vale destacar a importância da realização de novos estudos que reproduzam a metodologia usada nesta pesquisa para avaliar seus efeitos a longo prazo sobre a flexibilidade e diminuição do quadro álgico, utilizando um maior número de docentes, a fim de observar se tais resultados serão mantidos.
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Autores:
Raíssa Caroline Brito Costa* | Anderson Reges Ferreira*
Renata de Brito Bezerra* | Renato Carlos de Queiroz*
Cristiane Aschidamini** | Jansen Atier Estrázulas**