Ergonomia é uma necessidade de mercado?


Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia, (ABERGO 2000), A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro. A importância da Ergonomia está na contribuição para a promoção da segurança e bem-estar das pessoas e conseqüentemente a eficácia dos sistemas nas quais elas se encontram envolvidas

A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis].

O Ministério do Trabalho e Emprego, através da Norma Regulamentadora NR 17, com redação atual dada pela Portaria n° 3.751, de 23 de Novembro de 1990, estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento de peso, transporte e descarga de materiais, mobiliário, aos equipamentos e às condições do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

Com relação ao Mobiliário dos postos sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição.
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem ter altura ajustável à altura do trabalhador, nenhuma conformação na base do assento e borda frontal arredondada, com encosto de forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho e o próprio ambiente de trabalho devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Dentro deste contexto verifica-se a grande necessidade de se adequar o Mobiliário e o próprio ambiente de trabalho ás características psicofisiológicas dos trabalhadores, mas na pratica o que significa isso? Significa que todo o Mobiliário, equipamento e o próprio ambiente de trabalho, devem passar por uma avaliação ergonômica, realizada entre outros por Médico do Trabalho e/ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, que comprove sua condição de adequação às funções motoras especialmente no que se refere à postura e ao mecanismo de execução dos movimentos.

Em outras palavras todo mobiliário e até o posto de trabalho deve passar por uma avaliação ergonômica. O próprio Governo, nas três esferas Municipal, Estadual e Federal já solicita o Parecer Ergonômico, assinado por Médico do Trabalho e/ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, para adquirir mobiliário em suas licitações. Também na iniciativa privada, já encontramos empresas, que solicitam os Pareceres Ergonômicos, para a aquisição de Mobiliário e de algumas máquinas e equipamentos.

Essa tendência de mercado, aonde a qualidade do equipamento aliada a sua adequação às exigências legais, no caso do mobiliário as questões ergonômicas, vem moldando os fabricantes, que buscam a todo custo se adequarem às necessidades do mercado e oferecem produtos de qualidade certificados também ergonomicamente.
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