Será que a ginástica passiva funciona?

Todo mundo quer fórmula milagrosa, perder a barriga, endurecer pernas e braços sem derramar uma gota de suor. No mercado existem centenas de aparelhos que prometem isso. Mas só prometem. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprovou: esses equipamentos que funcionam por estímulos elétricos não fazem nenhum efeito. Quem usa só está perdendo tempo e dinheiro.

De 1998, ano em que foram lançados estes produtos, as reclamações foram muitas. Hoje em dia já quase não se fala muito. No laboratório, os pesquisadores comprovaram que tudo não passa mesmo de promessa. Vinte voluntários foram submetidos a rigorosos testes durante três meses. A avaliação computadorizada foi completa e a conclusão indiscutível: o máximo que os aparelhos conseguem fazer é um pequeno estímulo muscular. Ninguém perde peso nem medidas só usando os chamados "cintos de ginástica passiva".

A pesquisa foi feita da seguinte forma. Para verificar se ocorreram alterações enzimáticas e hormonais que comprovem esforço muscular, o sangue dos participantes foi colhido antes e depois dos testes com os eletroestimuladores e com os abdominais. A frequência cardíaca e a pressão arterial também foram analisadas antes dos testes, para que os resultados fossem confrontados após o uso do aparelho de ginástica passiva e a realização dos abdominais.

Para calcular se houve perda calórica, os pesquisadores mediram o consumo de oxigênio dos participantes da pesquisa, tanto em repouso, quanto durante a realização dos testes. Só é possível aumentar a queima de calorias com o aumento do consumo de oxigênio, e no caso da eletroestimulação isso não ocorre. A pesquisa sobre a eficácia dos aparelhos de ginástica passiva foi pedida pelo Procon de São Paulo.

Em suma, ainda não inventaram exercício sem esforça com resultados miraculosos. De maneira nenhuma a ginástica passiva pode ser uma forma de substituir o exercício ativo.
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