Cicatrizes escuras, aderidas e hipertróficas (elevadas).

Tanto para cirurgias plásticas ou não, as cicatrizes são sempre a preocupação que atormenta: "Será que a cicatriz vai ficar boa, será que vai aparecer muito?". Infelizmente, nem sempre a cicatrização é perfeita e estética, e isso chateia muito o paciente. As chamadas cicatrizes esteticamente aceitáveis são planas, clarinhas e finas.

Os problemas cicatriciais podem ser diversos: hipertrofia da cicatriz, ou seja, a produção de colágeno é um pouco além da conta ou MUITO além, nos casos do quelóide; hiperpigmentação, que é a cicatriz ficar mais escura do que a pele adjacente; aderências, que geralmente estão associadsa à inflamação durante o período cicatricial, desordem na deposição de colágeno e falta de manipulação adequada.

Vamos por partes:

O quelóide é muito difícil de se tratar. Geralmente faz-se criocirurgia com o médico dermatologista e o quelóide é minimizado. Refazer a incisão não vale a pena, já que essa afecção tem fundo genético e a chance de surgir quelóide novamente é enorme.

A cicatriz hipertrófica, elevada em relaçãò à pele. Nesse caso pode-se tentar uma nova incisão, já que o problema pode não ser genético. Por exemplo, é a primeira cicatriz que fica ruim naquele paciente, o que provavelmente tem relação com falta de repouso no período cicatricial, inflamação, etc. Fazendo nova incisão, e mantendo os devidos cuidados na nova fase de cicatrização, as chances de uma cicatriz esteticamente aceitável é grande. Entretanto, a cicatriz hipertrófica pode ser bem melhorada com recursos conservadores como os peelings tanto de cristal quanto o químico. Com esses recursos vai se aplainando a pele da cicatriz até que ela abaixe bem, e quanto menos elevada, melhor o resultado.

A hiperpigmentação também é possível de se resolver com os peelings químicos e de cristal, luz intensa pulsada, além do uso de clareadores tópicos em domicílio. Com alguns meses nota-se clareamento significativo da cicatriz.

A aderência é um problema bem chatinho de se resolver. Se for uma aderência leve, manobras fisioterapêuticas feitas com os dedos, vácuo, ultra-som terapêutico, e outros recursos de eletroterapia como luz infravermelha, laser terapêutico, podem resolver. O processo é lento e as técnicas devem ser associadas para garantir bons resultados. Porém, se a aderência for intensa e total, a chance de melhora por métodos conservadores é mínima. Nesse caso parte-se para nova incisão afim de obter-se uma nova cicatrização.

O ideal é darmos a devida importância ao processo de cicatrização e seguir os cuidados necessários nesse período: não realizar movimentos que tendem a separar as bordas da cicatriz, não expor a cicatriz ao sol por no mínimo 6 meses, fazer o repouso adequado, evitar contato de substâncias estranhas na cicatriz evitando inflamações e/ou infecções, fazer uos dos recursos que auxiliam no processo como adesivos de silicone e contensores de movimento, além da manipulação realizada por fisioterapeutas, que previne aderências.

Seguindo os devidos cuidados, você aumenta muito a chance de consgeuir uma cicatriz perfeita!

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