Alongamento no tratamento na doença de Osgood-Schlatter


A fisioterapia pode participar com modalidades para aliviar a dor e com exercícios para preservar a força do músculo quadríceps, e promover a boa forma física geral durante o período de recuperação. Os exercícios isométricos do músculo quadríceps com o joelho em extensão não tensionam a inserção do tendão da  patela e ajudam a preservar o volume muscular, contudo, os exercícios vigorosos do quadríceps são contra-indicados (RATLIFFE, 2000).

Um tratamento de reforçamento estático com o joelho em extensão, assim como alongamento do quadríceps tenso e débil. Por outro lado, esses pacientes  apresentam invariavelmente encurtamento dos músculos posteriores e do conjunto gemio- sóleo. Também é essencial um bom programa de alongamento dirigido a
estas estruturas (TACHDJAN, 1988).

Um agonista se torna insuficiente ativamente (não se contrai o suficiente) antes que o antagonista passivamente se torne insuficiente (não pode ser alongado
mais do que já foi). Em fisioterapia alonga-se propositadamente um músculo tanto para se manter como para se readquirir seu comprimento normal de repouso, isto é
realizado sobre músculos relaxados (LIPPERT, 1996).

Para que haja amplitude de movimento normal é necessário haver mobilidade e flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articulação, ou seja, músculos, tecido conectivo e pele, e mobilidade articular. Para executar a maioria das atividades cotidianas funcionais, assim como atividades ocupacionais e recreativas, é necessário geralmente uma amplitude de movimento sem restrições e sem dor. A mobilidade dos tecidos moles e articulações parece ser também fator importante na prevenção de lesões ou recorrentes (KISNER e COLBY, 1998).

O alongamento diminui a incidência de lesões musculotendíneas, minimiza e a alivia a tensão muscular, e aumenta a performance atlética (BANDY e IRION,
1994).

Um músculo encurtado pode criar um desequilíbrio articular e desalinhamento postural o que pode levar a lesão ou disfunção articular (STARRING, GOSSMAN,
NICHOLSON e LENONS, 1988).

A flexibilidade dos quadris e membros inferiores é importante para o êxito na maioria dos esportes. Quando um músculo está encurtado não pode desenvolver toda sua potência ao ser convocado para se contrair e, irá limitar a amplitude de movimento. Um corredor, com os músculos posteriores da coxa tensos terá um comprimento de passada limitado e, terá que dar mais passos numa determinada distância, em comparação ao número de passos necessários se tivesse maior flexibilidade (MCATEE, 1998).

A flexibilidade é fundamental nas atividades profissionais e nas tarefas diárias e a redução dessa flexibilidade, acompanhada do envelhecimento pode acarretar a perda total da independência dos movimentos já no início da idade avançada e, de modo mais sério, no início da década dos 80 anos(ACHOUR, 1996).

A perda da flexibilidade é caracterizada pelo estilo de vida sedentário e, uma vez o encurtamento muscular instalado se não compensado, reduz a capacidade em dissipar energia (TROUP, 1979).

Exercícios de alongamento tornam-se importantes para o aumento da capacidade dos tecidos tendíneos a fim de resistir às lesões por duas razões: primeiro, a capacidade de um músculo dentro de uma área transversal para desenvolver tensão depende de um alcance ótimo da extensão imediatamente antes da contração (acima de 130 por cento do tamanho no repouso); em segundo lugar, a flexibilidade fornece uma margem de segurança resultante de uma ação concêntrica precedida de uma excêntrica (ALBERT, 1995).

A perda da flexibilidade, independente da causa, pode provocar dor originando-se no músculo, tecido conectivo, ou periósteo o que levará a uma diminuição da força muscular (KISNER e COLBY, 1998).

O corpo é formado por diversas estruturas interligadas entre si, uma alteração em uma delas leva a um desarranjo global das outras, portanto um problema na musculatura anterior da coxa (quadríceps) pode advir de encurtamento ou fraqueza dos músculos posteriores, por isso, a importância de trabalhar tanto os músculos anteriores quanto os posteriores para que não haja sobrecarga sobre a tuberosidade tibial anteriormente, devido a uma tensão sobre o músculo quadríceps, provocada
por encurtamento dos ísquio -tibiais, e cadeia posterior em geral. Pode-se comparar com o esquema de um arco e flecha, onde quanto maior a tensão na parte posterior do arco maior a sobrecarga na parte anterior do mesmo.
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