EFEITOS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE LIPOASPIRAÇÃO NO ABDOMEN
Na incessante busca pelo corpo perfeito, cada vez mais as pessoas, sejam elas homens ou mulheres, se submetem às intervenções cirúrgicas para que o corpo desejado seja alcançado sem tanto esforço.
A cirurgia plástica visa à reparação dos defeitos congênitos ou adquiridos, com conseqüente melhora da aparência ou, eventualmente, restituindo a função comprometida. Atua basicamente sobre a pele, estende muitas vezes o seu campo de ação sobre as estruturas mais profundas, a fim de restaurar a forma e função (AUN; BEVILACQUA, 1995).
Segundo Utiyama et al (2003, p. 436), a lipoaspiração ou lipossucção, consiste na remoção cirúrgica de gordura subcutânea, por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzida por pequenas incisões na pele.
A lipossucção, ou lipoaspiração, foi desenvolvida por Giorgio Fisher e seu pai, Arpad, entre 1974 e 1976,
quando publicaram seu primeiro trabalho. Mais tarde foi aprimorada e divulgada por Illouz e Fournier, em Paris.
Lawrence Field em 1977 foi o primeiro norte-americano a visitar a Europa para estudar a lipoaspiração (UTIYAMA et al, 2003).
“A lipoaspiração corresponde atualmente a uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e, quando bem indicada, isto é, em adultos saudáveis com gordura localizada, apresenta excelentes resultados [...].” (UTIYAMA et al, 2003, p. 436).
“Através dessa técnica, consegue-se hoje realizar uma grande quantidade de correções que antigamente não eram possíveis, ou então o eram através de grandes cirurgias.” (RUZZANTE, 1986, p. 79).
A lipoaspiração é parte de um capítulo recente da cirurgia plástica, sendo que desde o seu surgimento várias alterações ocorreram em seus fundamentos e equipamentos, a fim de diminuir a incidência de seqüelas deixadas no pós-operatório (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A principal indicação de uma lipoaspiração, é o tratamento de regiões onde mesmo após um processo de emagrecimento, não se consegue remover a gordura localizada. De maneira geral, com a lipoaspiração se consegue remover qualquer excesso de gordura localizada, em praticamente qualquer lugar do corpo, contar sempre com a boa elasticidade da pele do local (RUZZANTE, 1986).
Com a lipoaspiração, podem acontecer alguns eventos clínicos comuns no pós-operatório. Esses eventos apresentam-se como: edema, hematomas, fibrose e outros (ILLOUZ, 1998 apud SILVA, 2001).
Através da drenagem linfática manual, a fisioterapia pode auxiliar na redução desses eventos clínicos, acelerando o processo de recuperação pós-operatória, prevenindo e controlando as complicações comuns.
Mas para alcançar um resultado estético mais satisfatório, é necessária uma preocupação com os cuidados do pré e pós-operatório, acelerando a recuperação e prevenindo complicações mais comuns.
Após a lipoaspiração, que costuma agredir bastante os tecidos locais, ocorre com freqüência à formação de fibrose e com isso edema na área lipoaspirada, podendo levar a dor.
Segundo Ribeiro (2003), a DLM é uma técnica específica de massagem, introduzida por Vodder (Alemanha) e mais recentemente por Leduc (Bruxelas), que tem como principal finalidade esvaziar os líquidos exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos.
Lopes (2002), afirma que a DLM é uma técnica massoterápica, criada e desenvolvida pelo biólogo e fisioterapeuta Dr. Phil Emil Vodder, no começo da década de 1930, que favorece a drenagem da linfa da periferia do organismo para o coração. Hoje considerada de ampla utilização no tratamento de várias patologias, a drenagem linfática manual desenvolve sua ação principal sobre o sistema circulatório linfático, ou seja, sobre “uma estrutura orgânica multifatorial”, formada pela linfa, vasos linfáticos e linfonodos. A aplicação auxilia o aumento do transporte da linfa, que melhora a vascularização, a anastomose linfolinfática e linfovenosa e
proporciona maior resistência defensiva-imunitária do organismo, devido ao aumento de células imunitárias que veiculam no próprio sistema linfático.
A DLM drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo assim, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Também é responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular (LEDUC; LEDUC, 2002).
Para Leduc e Leduc (2000), a DLM faz parte das técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita “de retorno”.
Godoy e Godoy (1999) deixam claro que DLM e massagem são duas coisas completamente distintas.
Afirma também que para realizar a DLM devemos ter consciência de que estamos drenando, e que para isso não há necessidade de movimentos fortes de compressão.
As manobras são lentas, rítmicas e suaves, devendo sempre direcionar sua pressão, obedecendo ao sentido da drenagem linfática fisiológica. Para que o objetivo da drenagem da linfa estagnada seja atingido, é imprescindível obedecer a uma seqüência especifica de regiões do corpo onde as manobras são executadas (MADRUGA, 2002).
“O processo de evacuação ocorre nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos. Este processo libera as vias linfáticas das regiões adjacentes à zona edemaciada, ou seja, as regiões que irão receber todo o líquido drenado.” (GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 74).
Ribeiro (2003) afirma que a DLM deve sempre ser iniciada pelo segmento proximal, pelas manobras que facilitem a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só então deve seguir para as manobras de reabsorção e captação, realizadas ao longo das vias linfáticas e nas regiões de edemas.
Segundo Ribeiro (2003), as diversas manobras de DLM são realizadas em todos os segmentos do corpo, sendo que cada manobra é realizada sobre o mesmo local de cinco a sete vezes. Algumas delas seguem um trajeto que parte dos linfonodos regionais e retorna a ele, correspondendo, de um modo geral, às vias linfáticas fisiológicas.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as manobras de DLM são indicadas na prevenção e/ou tratamento de: edemas, linfedemas, fibro edema gelóide, queimaduras, enxertos, acne, sensação de cansaço nos membros inferiores, dor muscular, pré e pós-operatório de cirurgia plástica, hematomas e equimoses, olheiras e até mesmo marcas de expressão.
Para Ribeiro (2001), também está indicada para gordura localizada, cicatrizes hipertróficas e retráteis, relaxamento e síndromes vasculares, microvarizes e varizes.
Lopes (2002) cita as seguintes indicações: retenção hídrica, afecções dermatológicas, rigidez muscular, período de TPM (tensão pré-menstrual), insônia, pré e pós-intervenção cirúrgica, hematomas, tratamento de acne, tratamento de telangectasias, tratamento de rejuvenescimento, tratamento de rosácea e tratamento do
fibro edema gelóide.
A fisioterapia através da drenagem linfática manual tende a prevenir e diminuir o edema, melhorando o efeito estético, aumentando a satisfação dos pacientes quanto ao resultado do procedimento cirúrgico.
Perante tamanha procura pela lipoaspiração, temos hoje uma grande quantidade de pacientes em pósoperatório com fibrose e edema presente no local lipoaspirado, e com dor em conseqüência dessa agressão aoorganismo.
A importância da drenagem linfática nesse pós-operatório é amenizar esses efeitos, evitando a dor e auxiliando nas atividades da vida diária no pós-operatório.
Com isso, o fisioterapeuta pode usar esse recurso da drenagem para ajudar na reabsorção dos líquidos pelos capilares linfáticos, diminuindo assim o edema, e com isso a dor.
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A cirurgia plástica visa à reparação dos defeitos congênitos ou adquiridos, com conseqüente melhora da aparência ou, eventualmente, restituindo a função comprometida. Atua basicamente sobre a pele, estende muitas vezes o seu campo de ação sobre as estruturas mais profundas, a fim de restaurar a forma e função (AUN; BEVILACQUA, 1995).
Segundo Utiyama et al (2003, p. 436), a lipoaspiração ou lipossucção, consiste na remoção cirúrgica de gordura subcutânea, por meio de cânulas submetidas a uma pressão negativa e introduzida por pequenas incisões na pele.
A lipossucção, ou lipoaspiração, foi desenvolvida por Giorgio Fisher e seu pai, Arpad, entre 1974 e 1976,
quando publicaram seu primeiro trabalho. Mais tarde foi aprimorada e divulgada por Illouz e Fournier, em Paris.
Lawrence Field em 1977 foi o primeiro norte-americano a visitar a Europa para estudar a lipoaspiração (UTIYAMA et al, 2003).
“A lipoaspiração corresponde atualmente a uma técnica simples, rápida, pouco dispendiosa e, quando bem indicada, isto é, em adultos saudáveis com gordura localizada, apresenta excelentes resultados [...].” (UTIYAMA et al, 2003, p. 436).
“Através dessa técnica, consegue-se hoje realizar uma grande quantidade de correções que antigamente não eram possíveis, ou então o eram através de grandes cirurgias.” (RUZZANTE, 1986, p. 79).
A lipoaspiração é parte de um capítulo recente da cirurgia plástica, sendo que desde o seu surgimento várias alterações ocorreram em seus fundamentos e equipamentos, a fim de diminuir a incidência de seqüelas deixadas no pós-operatório (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
A principal indicação de uma lipoaspiração, é o tratamento de regiões onde mesmo após um processo de emagrecimento, não se consegue remover a gordura localizada. De maneira geral, com a lipoaspiração se consegue remover qualquer excesso de gordura localizada, em praticamente qualquer lugar do corpo, contar sempre com a boa elasticidade da pele do local (RUZZANTE, 1986).
Com a lipoaspiração, podem acontecer alguns eventos clínicos comuns no pós-operatório. Esses eventos apresentam-se como: edema, hematomas, fibrose e outros (ILLOUZ, 1998 apud SILVA, 2001).
Através da drenagem linfática manual, a fisioterapia pode auxiliar na redução desses eventos clínicos, acelerando o processo de recuperação pós-operatória, prevenindo e controlando as complicações comuns.
Mas para alcançar um resultado estético mais satisfatório, é necessária uma preocupação com os cuidados do pré e pós-operatório, acelerando a recuperação e prevenindo complicações mais comuns.
Após a lipoaspiração, que costuma agredir bastante os tecidos locais, ocorre com freqüência à formação de fibrose e com isso edema na área lipoaspirada, podendo levar a dor.
Segundo Ribeiro (2003), a DLM é uma técnica específica de massagem, introduzida por Vodder (Alemanha) e mais recentemente por Leduc (Bruxelas), que tem como principal finalidade esvaziar os líquidos exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias linfáticas e nos linfonodos.
Lopes (2002), afirma que a DLM é uma técnica massoterápica, criada e desenvolvida pelo biólogo e fisioterapeuta Dr. Phil Emil Vodder, no começo da década de 1930, que favorece a drenagem da linfa da periferia do organismo para o coração. Hoje considerada de ampla utilização no tratamento de várias patologias, a drenagem linfática manual desenvolve sua ação principal sobre o sistema circulatório linfático, ou seja, sobre “uma estrutura orgânica multifatorial”, formada pela linfa, vasos linfáticos e linfonodos. A aplicação auxilia o aumento do transporte da linfa, que melhora a vascularização, a anastomose linfolinfática e linfovenosa e
proporciona maior resistência defensiva-imunitária do organismo, devido ao aumento de células imunitárias que veiculam no próprio sistema linfático.
A DLM drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo assim, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Também é responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular (LEDUC; LEDUC, 2002).
Para Leduc e Leduc (2000), a DLM faz parte das técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita “de retorno”.
Godoy e Godoy (1999) deixam claro que DLM e massagem são duas coisas completamente distintas.
Afirma também que para realizar a DLM devemos ter consciência de que estamos drenando, e que para isso não há necessidade de movimentos fortes de compressão.
As manobras são lentas, rítmicas e suaves, devendo sempre direcionar sua pressão, obedecendo ao sentido da drenagem linfática fisiológica. Para que o objetivo da drenagem da linfa estagnada seja atingido, é imprescindível obedecer a uma seqüência especifica de regiões do corpo onde as manobras são executadas (MADRUGA, 2002).
“O processo de evacuação ocorre nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos. Este processo libera as vias linfáticas das regiões adjacentes à zona edemaciada, ou seja, as regiões que irão receber todo o líquido drenado.” (GUIRRO; GUIRRO, 2002, p. 74).
Ribeiro (2003) afirma que a DLM deve sempre ser iniciada pelo segmento proximal, pelas manobras que facilitem a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só então deve seguir para as manobras de reabsorção e captação, realizadas ao longo das vias linfáticas e nas regiões de edemas.
Segundo Ribeiro (2003), as diversas manobras de DLM são realizadas em todos os segmentos do corpo, sendo que cada manobra é realizada sobre o mesmo local de cinco a sete vezes. Algumas delas seguem um trajeto que parte dos linfonodos regionais e retorna a ele, correspondendo, de um modo geral, às vias linfáticas fisiológicas.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as manobras de DLM são indicadas na prevenção e/ou tratamento de: edemas, linfedemas, fibro edema gelóide, queimaduras, enxertos, acne, sensação de cansaço nos membros inferiores, dor muscular, pré e pós-operatório de cirurgia plástica, hematomas e equimoses, olheiras e até mesmo marcas de expressão.
Para Ribeiro (2001), também está indicada para gordura localizada, cicatrizes hipertróficas e retráteis, relaxamento e síndromes vasculares, microvarizes e varizes.
Lopes (2002) cita as seguintes indicações: retenção hídrica, afecções dermatológicas, rigidez muscular, período de TPM (tensão pré-menstrual), insônia, pré e pós-intervenção cirúrgica, hematomas, tratamento de acne, tratamento de telangectasias, tratamento de rejuvenescimento, tratamento de rosácea e tratamento do
fibro edema gelóide.
A fisioterapia através da drenagem linfática manual tende a prevenir e diminuir o edema, melhorando o efeito estético, aumentando a satisfação dos pacientes quanto ao resultado do procedimento cirúrgico.
Perante tamanha procura pela lipoaspiração, temos hoje uma grande quantidade de pacientes em pósoperatório com fibrose e edema presente no local lipoaspirado, e com dor em conseqüência dessa agressão aoorganismo.
A importância da drenagem linfática nesse pós-operatório é amenizar esses efeitos, evitando a dor e auxiliando nas atividades da vida diária no pós-operatório.
Com isso, o fisioterapeuta pode usar esse recurso da drenagem para ajudar na reabsorção dos líquidos pelos capilares linfáticos, diminuindo assim o edema, e com isso a dor.
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