Fisioterapia na desnervação crônica
A desnervação é uma das alterações patológicas mais comuns em músculo. Acontece quando há perda do axônio motorou de todo o motoneurônio.
As causas pode ser:
- Doença do próprio motoneurônio, como na esclerose lateral amiotrófica ou na amiotrofia espinal;
- Trauma medular
- Compressão da medula espinal por tumores
- Lesão do axônio motor nos nervos periféricos
Importante lembrar que as neuropatias periféricas de qualquer etiologia são causas importantes de desnervação crônica.
A fibra muscular desnervada sofre atrofia simples, com redução de volume por diminuição do número de miofibrilas e organelas. O contorno externo da fibra, que é normalmente poligonal com ângulos arredondados, geralmente torna-se angulado, devido à compressão pelas fibras vizinhas não atróficas.
Assim sendo, a desnervação promove alterações no músculo esquelético, fato que pode ser observado pela diminuição do trofismo, aumento do tecido gorduroso e do tecido conjuntivo no músculo acometido. Além disso, a diminuição da atividade neuromuscular pode desencadear complicações secundárias, como úlceras de pressão, osteoporose e disfunções neurovegetativas.
A recuperação da função muscular pós-desnervação depende não somente da regeneração nervosa, mas também das condições do músculo no momento da reinervação, tais como trofismo muscular, tamanho da área de fibrose e capacidade miogênica das células satélites.
Na clínica de fisioterapia, um dos métodos mais empregados no tratamento após desnervação, com o objetivo de minimizar ou reverter os danos causados pelo comprometimento da comunicação entre nervo e músculo, é a eletroestimulação.
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