Evolução das técnicas de amputação
As amputações de membros existem desde os tempos mais remotos, confundindo-se com o início da própria humanidade. Relatos antigos nos dão conta de que aproximadamente no ano 2.300 a.C. arqueólogos russos encontraram um esqueleto do sexo feminino, com uma extremidade inferior artificial, curiosamente constituída de um pé de cabra, sendo esse um dos primeiros registros de uma prótese de que se tem notícia.
O termo amputação, originário do latim amputatione, significa retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Esse procedimento, antes largamente adotado e, atualmente em menor incidência, acompanha-se geralmente de sentimentos de derrota e mutilação, exigindo intervenção de uma equipe multidisciplinar, em cujo contexto figura o profissional FISIOTERAPEUTA, visando amenizar o sofrimento por que passam os pacientes submetidos a essa conduta.
As técnicas de amputação e protetização, desde a antiguidade até os dias atuais passaram por evoluções sucessivas, permitindo-nos uma rápida referência ao procedimento rudimentar executado na idade média, quando as amputações eram realizadas com guilhotinas, coadjuvadas pela ingestão excessiva de bebida alcoólica, como mecanismo anestésico e, progressivamente as técnicas se aperfeiçoaram, sofrendo significativo avanço a partir de 1850, com o advento da anestesia. Atualmente, as amputações, que, respeitando-se a complexidade do processo patológico, podem ser evitadas, ocorrem cercadas de um arsenal de cuidados que envolvem desde a eletividade cirúrgica, seguida da intervenção fisioterapêutica pré-operatória, evoluindo para etapa pré-protetização e posteriormente para a fase pós-protetização, marcada pelos retornos periódicos e sistemáticos do paciente, visando à manutenção de um trabalho criteriosamente desenvolvido pela equipe multiprofissional.
De forma mais acentuada do que as amputações, as técnicas de protetização experimentaram grandes avanços ao longo dos tempos, partindo de uma situação em que representavam meramente um complemento do membro, com nenhuma funcionalidade, ao fato de despertar na comunidade profissional voltada para esse tema, um grande interesse, que, aliado a novas técnicas, materiais mais adequados e a novos conceitos de reabilitação, proporcionaram uma melhora na qualidade de vida, dos amputados, os quais, nos dias de hoje, já se encontram totalmente reintegrados à vida social.
É oportuno, conclusivamente, ressaltar que apesar dos avanços tecnológicos imprimidos às técnicas de protetização, o sucesso da reabilitação dependerá do grau de motivação e cooperação do paciente e, sobretudo, da ação coesa da equipe envolvida no processo, objetivando o resgate da auto-estima e a sua reintegração à sociedade.
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