Cicatrização de uma lesão muscular
O processo cicatricial é descrito em três fases. Na primeira, ocorre inflamação caracterizada por formação de coágulo e atividades de substânciasbiologicamente ativas como prostaglandinas, serotoninas e fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF).
Durante esse período, a liberação de histamina aumenta a permeabilidade dos capilares, ocasionando edema na região lesada. Os neutrófilos têm a função de eliminaras partículas estranhas do local lesado, os mastócitos fagocitam as bactérias e debris do tecido lesionado, além de serem outra fonte de substâncias biologicamente ativas que auxiliarão no processo de reparo. Essa fase de degeneração e inflamação inicia-se de imediato após a lesão e se estende a até 14 dias.
Após a inflamação, inicia-se a fase de proliferação, na qual os fagócitos migram para a área lesada e formam um tecido de granulação, o que determinará o acúmulo de substância basal e de colágeno na área lesada, preparando a reconstrução dos tecidos danificados. Uma nova camada epidérmica se forma e um movimento centrípeto da pele circunjacente provoca uma redução do tamanho da ferida, processo chamado de contração da ferida. Essa fase pode ter início alguns dias após a fase inicial e durar três semanas, atingindo seu ápice em duas semanas.
A terceira e última fase é a da maturação ou remodelagem, também chamada de "fase da fibrose", na qual o tecido de granulação é substituído pelo fibroso, quando o colágeno e os fibroblastos se realinham, tentando adaptar-se à orientação e função do tecido original. Ela inicia duas semanas após a lesão, aproximadamente, e pode continuar por meses ou até anos após a ocorrência da fase proliferativa do reparo. Atualmente, buscam-se formas de tratamento no sentido de diminuir o tempo de imobilização e o aparecimento de fibrose muscular, o que leva à perda da amplitude normal de movimento da articulação.
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