O que é cisto popliteo?
O cisto poplíteo também conhecido como cisto de Baker, é uma patologia de etiologia secundária no adulto. Ele se caracteriza por uma hipertrofia da bolsa sinovial que separa o tendão da porção medial dos gastrocnêmios do tendão do semimenbranoso. O principal fator de hipertrofia desta bolsa é o atrito dos tendões. Tais fatores contribuem para a mesma se tornar dolorosa e incomodativa. Como patologia intra-articular, podemos citar a lesão meniscal medial que ocorre no menisco medial do joelho. O tratamento fisioterapêutico deve ser voltado para a patologia intra-articular. A presente revisão bibliográfica busca elucidar a importância do assunto e do tratamento fisioterapêutico conservador e pós-cirúrgico no adulto portador de um cisto poplíteo por lesão meniscal medial.
Como seu homólogo do membro superior, o cotovelo, o joelho permite concentrar completamente o membro inferior sobre ele mesmo. Esta mobilidade é colocada em ação, em pequena amplitude, na marcha, e em grande amplitude em todas as situações onde o corpo pode variar sua altura.
A maior das junturas do corpo humano é também uma das mais complexas e discutidas. A complexidade resulta principalmente das numerosas estruturas que dela fazem parte e as controvérsias giram em torno de sua classificação funcional, pois além de permitir os movimentos de uma articulação do tipo gínglimo (flexão e extensão), ela também permite um certo grau de rotação.
O cisto de Baker é uma patologia não muito discutida no campo científico, pois a sua importância deve-se à patologia primária, aquela que poderá levar ao cisto. No caso do nosso trabalho, enfocaremos a lesão meniscal medial como uma lesão primária ao cisto de Baker. Falaremos da anatomia, da fisiologia, da etiologia, da patologia e dos diversos tipos terapêuticos em que podemos classificar o tipo primário e secundário, sabendo que o mesmo não serve de receita de bolo para aqueles que buscam melhorar a condição de vida de um indivíduo.
A prática esportiva extremamente competitiva dos dias atuais leva a um número crescente de lesões musculares, tendinosas, ligamentares e meniscais, devido aos constantes contatos físicos e esforços individuais dos atletas em superar seus próprios limites para promover um maior desempenho para sua equipe ou seu trabalho individual.
Cisto poplíteo, também conhecido como cisto de Baker, é uma entidade reconhecida desde os trabalhos de Adams, 1840, e Baker, 1877. Inicialmente foi descrito como um tumor na região poplítea do joelho causado pelo aumento da bursa. Esta bursa, relacionada à inserção distal do músculo semimembranoso, localiza-se entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio e o tendão do músculo semimembranoso. Freqüentemente é um prolongamento da bolsa do músculo gastrocnêmio com a cavidade do joelho. Em adultos, o cisto poplíteo geralmente se comunica com a cavidade sinovial da articulação do joelho por um estreito pedículo que atravessa a cápsula fibrosa da articulação. Quando o líquido sinovial (dialisato de plasma sangüíneo com adição de proteínas e um mucopolissacarídeo - ácido hialurônico ou hialuronato) extravasa devido à doença reumática ou articular degenerativa, o cisto torna-se muito distendido e pode estender-se para baixo até a metade da panturrilha. Nesse caso o cisto interfere nos movimento da articulação do joelho.
A etiologia do cisto poplíteo no adulto é secundária em qualquer patologia intra-articular que provoque o aumento da produção do líquido sinovial, com conseqüente aumento da pressão intra-articular, levando ao extravasamento deste líquido para a bursa do semimembranoso, com sua conseqüente hipertrofia. WILSON (1964), encontrou patologia intra-articular em 70% de seus pacientes portadores de cisto poplíteo. CHILDRESS (1970), relata 70% de incidência e HUGHSTON & MELLO (1991), encontraram em 92% dos pacientes tratados cirurgicamente.
Fisiopatologia
O processo é devido ao aumento do líquido sinovial na bursa poplítea, que aumenta de tamanho, projetando-se para o ôco poplíteo quando há aumento da pressão ou do atrito na região pela contração dos músculos semimembranoso e gastrocnêmio.
Quadro clínico
O quadro clínico dos cistos de Baker é mais incomodativo do que sintomático. A grande maioria dos pacientes sente mais incomodo do que dor nestes casos, porém existem casos que estes cistos são dolorosos. O mecanismo que desenvolve incomodo funcional são os movimentos clássicos do joelho, principalmente a extensão, pois é exatamente neste movimento que a bursa fica aprisionada entre os dois tendões, pois como já foi dito anteriormente ela diminui o atrito entre estes tendões. O movimento de flexão também é um movimento incomodativo e às vezes até doloroso, isso também depende da hipertrofia da bursa.
As dores na maioria dos casos é mais em conseqüência da patologia intra-articular do que propriamente do cisto.
As manifestações do cisto poplíteo podem ser:
- Formação tumoral: é a mais freqüente;
- Edema: pode ser da panturrilha pela compressão da veia, simulando trombose venosa profunda. A ruptura do cisto pode levar à infiltração do tecido muscular, simulando também trombose venosa;
- Formação de equimose distal: é outra manifestação da ruptura do cisto;
- Compressão das estruturas: pode comprimir a veia poplítea ou nervo ciático
Queixa principal
Dores, varizes nos membros inferiores e tumoração na região posterior do joelho.
Palpação
Presença de tumor na região poplítea, de consistência endurecida, porém compressível, pouco deslocável, indolor à palpação, com tamanho de sete cm de diâmetro.
Diagnóstico
Pode ser feito por:
- ecografia;
- cistografia;
- eco-doppler;
- tomografia computadorizada;
- ressonância magnética;
- artrografia
Tratamento clínico
O tratamento clínico inicialmente é direcionado a patologia intra-articular, onde o médico apenas observa as características do cisto e somente pensa em cirurgia quando o cisto é volumoso e doloroso. Quando o tratamento clínico conservador que foi direcionado para a patologia articular dá resultados satisfatórios à tendência do cisto de Baker é reduzir. Porém, quando o cisto se encontra muito volumoso e doloroso, o médico só tem a opção à ressecção cirúrgica do mesmo.
Tratamento fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico, na realidade é também direcionado a recuperação da patologia intra-articular, o que na maioria dos casos promove a redução do cisto com a melhora da patologia.
Durante a realização do tratamento, não devemos esquecer que a articulação não pode ser sobrecarregada para que não ocorra a irritação cada vez maior da bursa que pode levar a inflamação crônica, e aquele cisto que inicialmente era assintomático pode se tornar muito sintomático, se for realizada movimentação de repetição intensa.
Tipo conservador: Conservadoramente, o tratamento fisioterapêutico deve ser voltado para a patologia primária, pois o alongamento constante dos músculos ísquio-tibiais, semimembranoso e gastrocnêmios reduz a tendência da volta da hipertrofia da bolsa, pois o atrito sobre a estrutura diminui. O mais importante é a redução do atrito sobre a bolsa serosa, o que com certeza a manterá no seu tamanho normal.
Lesão meniscal medial
A lesão meniscal medial é a mais frequente tal fato decorre de usas características anatômicas. O menisco medial é parte do complexo ligamentar medial, sendo inserido na cápsula em toda sua extensão, além de apoiar-se sobre uma superfície côncava. Isto permite menor mobilidade durante os movimentos articulares.
A ruptura do menisco medial ocorre dez vezes mais que a do lateral, em parte por sua união ao ligamento colateral medial. Os meniscos são avasculares, não tem suprimento sangüíneo na porção interna da fibrocartilagem, de modo que, quando ocorre ruptura, a cicatrização é quase impossível. Existe algum suprimento na porção externa do menisco, tornando possível a cicatrização da estrutura. A lesão do menisco inicialmente pode ser pequena, mas se não for tratada adequadamente pode não cicatrizar e evoluir a uma lesão maior ou até mesmo gerar outras lesões.
Etiologia
Consideramos três tipos de lesões meniscais mediais: 1. Traumáticas; 2. Degenerativas; 3. Congênitas.
1. Traumáticas
O mecanismo de lesão resulta de um esforço de torção aplicado à articulação do joelho fletida. Como o menisco medial está firmemente aderido ao ligamento colateral medial, esforços de rotação de ligamento podem lacerar e/ou deslocar o menisco medial da cápsula fibrosa. Parte da cartilagem lacerada pode ser luxada em direção ao centro da articulação e se alojar entre os côndilos tibial e femoral. Isso "trava o joelho" na posição fletida, impedindo a total extensão. Quando o peso é sustentado pela articulação do joelho fletida, uma súbita rotação também pode romper o menisco medial, geralmente dividindo-o no sentido longitudinal. Esta lesão é comum em atletas que rodam os joelhos fletidos enquanto correm (por ex. rúgbi e basquete). Também ocorre em mineradores de carvão e outras pessoas que podem cair para frente quando trabalham em uma posição agachada ou de cócoras.
2. Degenerativas
As lesões de etiologia degenerativa são conseqüência dos processos degenerativos articulares decorrentes do envelhecimento ou de seqüelas traumáticas ou inflamatórias.
3. Congênita
As lesões de etiologia congênita ocorrem em meniscos congenitamente malformados, como por exemplo, o menisco discóide.
Quadro clínico
O quadro clínico das lesões meniscais é típico, após um trauma agudo a articulação fica muito dolorida com aumento de volume articular e dificuldade de
Como seu homólogo do membro superior, o cotovelo, o joelho permite concentrar completamente o membro inferior sobre ele mesmo. Esta mobilidade é colocada em ação, em pequena amplitude, na marcha, e em grande amplitude em todas as situações onde o corpo pode variar sua altura.
A maior das junturas do corpo humano é também uma das mais complexas e discutidas. A complexidade resulta principalmente das numerosas estruturas que dela fazem parte e as controvérsias giram em torno de sua classificação funcional, pois além de permitir os movimentos de uma articulação do tipo gínglimo (flexão e extensão), ela também permite um certo grau de rotação.
O cisto de Baker é uma patologia não muito discutida no campo científico, pois a sua importância deve-se à patologia primária, aquela que poderá levar ao cisto. No caso do nosso trabalho, enfocaremos a lesão meniscal medial como uma lesão primária ao cisto de Baker. Falaremos da anatomia, da fisiologia, da etiologia, da patologia e dos diversos tipos terapêuticos em que podemos classificar o tipo primário e secundário, sabendo que o mesmo não serve de receita de bolo para aqueles que buscam melhorar a condição de vida de um indivíduo.
A prática esportiva extremamente competitiva dos dias atuais leva a um número crescente de lesões musculares, tendinosas, ligamentares e meniscais, devido aos constantes contatos físicos e esforços individuais dos atletas em superar seus próprios limites para promover um maior desempenho para sua equipe ou seu trabalho individual.
Cisto poplíteo, também conhecido como cisto de Baker, é uma entidade reconhecida desde os trabalhos de Adams, 1840, e Baker, 1877. Inicialmente foi descrito como um tumor na região poplítea do joelho causado pelo aumento da bursa. Esta bursa, relacionada à inserção distal do músculo semimembranoso, localiza-se entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio e o tendão do músculo semimembranoso. Freqüentemente é um prolongamento da bolsa do músculo gastrocnêmio com a cavidade do joelho. Em adultos, o cisto poplíteo geralmente se comunica com a cavidade sinovial da articulação do joelho por um estreito pedículo que atravessa a cápsula fibrosa da articulação. Quando o líquido sinovial (dialisato de plasma sangüíneo com adição de proteínas e um mucopolissacarídeo - ácido hialurônico ou hialuronato) extravasa devido à doença reumática ou articular degenerativa, o cisto torna-se muito distendido e pode estender-se para baixo até a metade da panturrilha. Nesse caso o cisto interfere nos movimento da articulação do joelho.
A etiologia do cisto poplíteo no adulto é secundária em qualquer patologia intra-articular que provoque o aumento da produção do líquido sinovial, com conseqüente aumento da pressão intra-articular, levando ao extravasamento deste líquido para a bursa do semimembranoso, com sua conseqüente hipertrofia. WILSON (1964), encontrou patologia intra-articular em 70% de seus pacientes portadores de cisto poplíteo. CHILDRESS (1970), relata 70% de incidência e HUGHSTON & MELLO (1991), encontraram em 92% dos pacientes tratados cirurgicamente.
Fisiopatologia
O processo é devido ao aumento do líquido sinovial na bursa poplítea, que aumenta de tamanho, projetando-se para o ôco poplíteo quando há aumento da pressão ou do atrito na região pela contração dos músculos semimembranoso e gastrocnêmio.
Quadro clínico
O quadro clínico dos cistos de Baker é mais incomodativo do que sintomático. A grande maioria dos pacientes sente mais incomodo do que dor nestes casos, porém existem casos que estes cistos são dolorosos. O mecanismo que desenvolve incomodo funcional são os movimentos clássicos do joelho, principalmente a extensão, pois é exatamente neste movimento que a bursa fica aprisionada entre os dois tendões, pois como já foi dito anteriormente ela diminui o atrito entre estes tendões. O movimento de flexão também é um movimento incomodativo e às vezes até doloroso, isso também depende da hipertrofia da bursa.
As dores na maioria dos casos é mais em conseqüência da patologia intra-articular do que propriamente do cisto.
As manifestações do cisto poplíteo podem ser:
- Formação tumoral: é a mais freqüente;
- Edema: pode ser da panturrilha pela compressão da veia, simulando trombose venosa profunda. A ruptura do cisto pode levar à infiltração do tecido muscular, simulando também trombose venosa;
- Formação de equimose distal: é outra manifestação da ruptura do cisto;
- Compressão das estruturas: pode comprimir a veia poplítea ou nervo ciático
Queixa principal
Dores, varizes nos membros inferiores e tumoração na região posterior do joelho.
Palpação
Presença de tumor na região poplítea, de consistência endurecida, porém compressível, pouco deslocável, indolor à palpação, com tamanho de sete cm de diâmetro.
Diagnóstico
Pode ser feito por:
- ecografia;
- cistografia;
- eco-doppler;
- tomografia computadorizada;
- ressonância magnética;
- artrografia
Tratamento clínico
O tratamento clínico inicialmente é direcionado a patologia intra-articular, onde o médico apenas observa as características do cisto e somente pensa em cirurgia quando o cisto é volumoso e doloroso. Quando o tratamento clínico conservador que foi direcionado para a patologia articular dá resultados satisfatórios à tendência do cisto de Baker é reduzir. Porém, quando o cisto se encontra muito volumoso e doloroso, o médico só tem a opção à ressecção cirúrgica do mesmo.
Tratamento fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico, na realidade é também direcionado a recuperação da patologia intra-articular, o que na maioria dos casos promove a redução do cisto com a melhora da patologia.
Durante a realização do tratamento, não devemos esquecer que a articulação não pode ser sobrecarregada para que não ocorra a irritação cada vez maior da bursa que pode levar a inflamação crônica, e aquele cisto que inicialmente era assintomático pode se tornar muito sintomático, se for realizada movimentação de repetição intensa.
Tipo conservador: Conservadoramente, o tratamento fisioterapêutico deve ser voltado para a patologia primária, pois o alongamento constante dos músculos ísquio-tibiais, semimembranoso e gastrocnêmios reduz a tendência da volta da hipertrofia da bolsa, pois o atrito sobre a estrutura diminui. O mais importante é a redução do atrito sobre a bolsa serosa, o que com certeza a manterá no seu tamanho normal.
Lesão meniscal medial
A lesão meniscal medial é a mais frequente tal fato decorre de usas características anatômicas. O menisco medial é parte do complexo ligamentar medial, sendo inserido na cápsula em toda sua extensão, além de apoiar-se sobre uma superfície côncava. Isto permite menor mobilidade durante os movimentos articulares.
A ruptura do menisco medial ocorre dez vezes mais que a do lateral, em parte por sua união ao ligamento colateral medial. Os meniscos são avasculares, não tem suprimento sangüíneo na porção interna da fibrocartilagem, de modo que, quando ocorre ruptura, a cicatrização é quase impossível. Existe algum suprimento na porção externa do menisco, tornando possível a cicatrização da estrutura. A lesão do menisco inicialmente pode ser pequena, mas se não for tratada adequadamente pode não cicatrizar e evoluir a uma lesão maior ou até mesmo gerar outras lesões.
Etiologia
Consideramos três tipos de lesões meniscais mediais: 1. Traumáticas; 2. Degenerativas; 3. Congênitas.
1. Traumáticas
O mecanismo de lesão resulta de um esforço de torção aplicado à articulação do joelho fletida. Como o menisco medial está firmemente aderido ao ligamento colateral medial, esforços de rotação de ligamento podem lacerar e/ou deslocar o menisco medial da cápsula fibrosa. Parte da cartilagem lacerada pode ser luxada em direção ao centro da articulação e se alojar entre os côndilos tibial e femoral. Isso "trava o joelho" na posição fletida, impedindo a total extensão. Quando o peso é sustentado pela articulação do joelho fletida, uma súbita rotação também pode romper o menisco medial, geralmente dividindo-o no sentido longitudinal. Esta lesão é comum em atletas que rodam os joelhos fletidos enquanto correm (por ex. rúgbi e basquete). Também ocorre em mineradores de carvão e outras pessoas que podem cair para frente quando trabalham em uma posição agachada ou de cócoras.
2. Degenerativas
As lesões de etiologia degenerativa são conseqüência dos processos degenerativos articulares decorrentes do envelhecimento ou de seqüelas traumáticas ou inflamatórias.
3. Congênita
As lesões de etiologia congênita ocorrem em meniscos congenitamente malformados, como por exemplo, o menisco discóide.
Quadro clínico
O quadro clínico das lesões meniscais é típico, após um trauma agudo a articulação fica muito dolorida com aumento de volume articular e dificuldade de