TUMOR DE EWING


Descrito inicialmente por James Ewing, o tumor de Ewing é um tumor maligno primitivo de osso, relativamente raro. O tumor costuma acometer indivíduos entre 5 e 20 anos de idade com maior freqüência do sexo masculino, sendo raro nos negros. As localizações principais são a diáfise e região proximal do fêmur, tíbia, fíbula, ossos da pelve e úmero. No entanto, qualquer osso pode ser acometido.

O que se sente?

A dor e a presença do tumor visível ou palpável são os sintomas mais comuns. Outros sintomas sistêmicos como febre, cansaço e fraqueza podem estar presentes.

Como se faz o diagnóstico?

A história detalhada do paciente e o exame físico completo são importantes, bem como também são fundamentais as análises dos exames laboratoriais, de imagem e de anatomia patológica.
 

Laboratório anemia, leucocitose e aumento do VSG
Imagem: Radiografias: As radiografias mostram uma lesão com aspecto de "roído-de-traças" ou salpicado com características permeativas. Áreas líticas ao lado de áreas blásticas são comuns. Pode haver múltiplas camadas de osso neoformado reacional subperiostal, que dão um aspecto de "casca de cebola", característica de lesão de extrema gravidade, mas não patognomônicas de Ewing. Também podem ser vistos padrões em tracejados e "raios solares"

Tomografia Computadorizada;

Ressonância Magnética Nuclear: São importantes na avaliação da extensão intramedular do tumor e na avaliação do comprometimento ósseo e pesquisa de metástases.


 
Anatomia Patológica Na maioria dos casos a lesão não respeita os limites da cortical. O tumor pode ser sólido, semilíquido ou ter aspecto de pus. Por isso a importância no diagnóstico diferencial com osteomielites. Na histologia encontramos densos grupamentos de pequenas células uniformes com núcleos redondos, mas sem bordas citoplasmáticas distintas.

Também é importante salientar a necessidade de se fazer o diagnóstico diferencial com patologias como: Linfoma e Metástases de neuroblastoma (nos pacientes com menos de 5 anos); Osteossarcoma; Ostemiolite Eosinófilo; Reticulossarcoma.

Como se trata?

O diagnóstico precoce e o estadiamento do tumor são fundamentais para o sucesso do tratamento e prognóstico do paciente.

A abordagem da doença é multidisciplinar com a participação da ortopedia, oncologia, patologia, fisiatria e outras especialidades.

É recomendado que o planejamento e a execução da biópsia devam ser realizados pelo médico ortopedista que tenha experiência em oncologia e que vai assumir o caso, pois falhas nessa etapa podem ser desastrosas para o paciente.O tratamento do tumor de Ewing é dividido em três etapas:
 

1ª etapa Quimioterapia pré-operatória
2ª etapa Cirurgia
3ª etapa Quimioterapia ou radioterapia pós-operatória.

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