Reabilitação do ombro-fortalecimento do manguito rotador.




Durante a abdução do ombro a cabeça do úmero se eleva superiormente em relação a fossa glenóide devido a contração do deltóide. Os músculos do MR (manguito rotador), contribuem para a estabilidade articular gerando uma força oposta ao deltóide, centralizando assim a cabeça umeral. Jobe classifica os músculos do MR como protetores da gleno-umeral , os músculos escapulares como pivôs ( alinhamento da escápula para manter o eixo fisiológico). O deltóide como posicionador e o grande dorsal e peitoral como propulsores.

Ao movimento de elevação do braço em plano de escápula, o infra espinhoso contrai-se com 20% da máxima força isotônica (MFI). Já o supra espinhal tem contração constante de 40% da MFI. As ações equilibradas e simultâneas do infra espinhal,redondo menor e sub escapular, limitam com eficácia a translação superior da cabeça do úmero ao produzir um momento em torno da gleno-umeral, que auxilia no movimento de elevação do braço.

Burkart, relatou resultados satisfatórios com tratamento conservador em pacientes com ruptura completa de do supra espinhoso na presença de um Infra espinhoso normal.

È possível que fortalecimento dos músculos do MRinferior (Infra espinhal,Redondo menor e sub escapular)resulte em aumento da capacidade de resistir a força resultante do deltóide, permitindo a recuperação da atividade em certos pacientes com ruptura do supraespinhal.

Estre conceito é reforçado por outros autores que garantem artrocinemática normal da gleno-umeral em pacientes com ruptura do supra espinhal e contração eficaz dos músculos do MR inferior e dos pivôs da cintura escapular. Ferreira e Cols, Obtiveram 54% de bons resultados em sua casuística e concluíram que a presença de lesão de MR acarreta pequena limitação funcional, sendo que nem todas são cirúrgicas e que a fisioterapia deve anteceder a condulta operatória.

Os maus resultados deste estudo são múltiplos e incluem:

A- não adesão ao programa de exercício

B- super uso do membro envolvido ( origem ocupacional)

C- persistência da dor.leia ombro doloroso.

Fukuda afirma que a maoria das lesões parciais do MR na superfície bursal não apresentam resultando satisfatório com tratamento conservador.

Idade não foi um fator determinante e preponderante de bons e exelentes resultados.

O fator ocupacional foi mais determinante. Também foi apresentado que pacientes com ruptura compleas do MR podem apresentar elevação ativa normal do braço. Principalmente após um programa de reabilitação dos músculos pivôs e propulsroes da cintura escapular.

Extraido de http://fisioricardosena.blogspot.com/
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