Hipertensão arterial e atividade física
A hipertensão ou pressão alta é uma doença muito comum, que atinge uma em cada cinco pessoas. Entre os idosos, chega a atacar uma em cada duas pessoas.
A hipertensão arterial é considerada uma doença democrática, podendo se manifestar entre homens e mulheres, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e nervosas. Pode ser considerada uma síndrome multifatorial cuja prevalência, no Brasil, atinge de 22% a 44% da população urbana adulta. Ocorre com maior incidência em pessoas obesas, sedentárias e consumidoras de sal e álcool. Sendo considerada um dos principais fatores de risco para a doença cardiovascular.
À medida que a pressão arterial aumenta e os vasos arteriais se enfraquecem, perdendo a elasticidade, maior será a probabilidade de uma hemorragia. Os alvos da pressão alta, além dos próprios vasos sanguíneos, são o coração, os rins e o cérebro
O tratamento da hipertensão deve ser feito com remédios e com hábitos de vida saudáveis, tais como: diminuir a ingestão de sal e bebidas alcoólicas, controlar o peso corporal, evitar o fumo, controlar o stress e através da atividade física.
Nos últimos anos houve uma mudança profunda nos objetivos da Educação Física. Estas mudanças vieram com os princípios básicos e avançados das ciências do esporte. As mudanças ampliaram o campo de ação dos profissionais da Educação Física no sentido de reabilitar capacidades funcionais de indivíduos portadores de doenças crônicas, utilizando o exercício físico como parte da terapia destes pacientes.
Atividade física regular ajuda a baixar a pressão arterial. Em muitos casos, pacientes hipertensos após iniciarem um programa de treinamento físico, diminuem as doses dos medicamentos ou mesmo eliminam o uso dos mesmos. A prática regular de um programa de treinamento físico acarreta em benefícios aos pacientes portadores de hipertensão, tais como: perda de peso corporal, diminuição das taxas de açúcar e gordura, promove o aumento do HDL (bom colesterol), redução de LDL (mau colesterol), diminui os níveis de ansiedade.
Os programas de exercícios físicos, destinados a pacientes hipertensos devem contar, predominantemente, de atividades aeróbias dinâmicas, como: caminhadas aceleradas, corridas, ciclismo, natação. A recomendação quanto à frequência é de no mínimo 3 vezes por semana, com duração entre 30 e 60 minutos a uma intensidade de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima.
Mais recentemente, tem aumentado o interesse científico sobre os efeitos cardiovasculares ocasionados por exercícios resistivos, mais conhecidos como musculação. A técnica utilizada é o treinamento através da RML resistência muscular localizada
Deste modo, os exercícios resistivos de baixa intensidade associados aos aeróbios, são indicados aos pacientes hipertensos, enquanto o treinamento de alta intensidade (força/hipertrofia) deve ser evitado.
O ideal para pacientes hipertensos, é a elaboração de um programa específico de treinamento físico, monitorado por profissional de Educação Física capacitado e habilitado, o qual irá controlar os batimentos cardíacos, assim como a pressão arterial antes, durante e após a atividade física.