Metodo GDS
O método das Cadeias Musculares e as técnicas GDS foram concebidos e elaborados nos anos 1960-1970 por Godelieve Denys-Struyf.
Fazendo uso da experiência de quinze anos como retratista, da análise morfológica e psicológica das formas, da antropometria, a autora teve a idéia de aplicar esse modo de observação à fisioterapia, no contexto das deformações e algias do sistema locomotor. Seu objetivo foi realizar uma abordagem mais individualizada da mecânica humana.
Depois, esse método de trabalho também revelou-se útil em vários outros domínios.
Partindo da noção de que “o corpo é linguagem”, a autora estabeleceu as bases de uma compreensão psicocorporal que tanto se aplica à criança quanto ao adulto, no contexto de uma ginástica e de uma utilização corporal mais consciente e mas adaptada às características individuais.
As particularidades que definem as deferentes bases psicocorporais são aproveitadas, por exemplo, para o acompanhamento dos pais durante a gravidez e o parto.
Essas noções se destinam não somente aos pais, mas a todas as pessoas que cuidam de crianças, para compreende-las e acompanhá-las durante o seu crescimento.
Godelieve D. Struye não é a única terapeuta a insistir na abordagem global. Mas, seguramente, o seu “global” é surpreendente mais rico e nuançado que outros. Aí estão presentes o hereditário, o genético, o racial, o cultural, o familiar, o profissional, o social. E, no centro desse quadro, o projeto pessoal da forma e do comportamento a serem desenvolvidos ao longo da vida.
O método GDS busca sempre as associações de cada patologia do aparelho locomotor com determinadas tipologia motora e comportamental. Para ele, não há técnicas terapêuticas “boas” ou “más”. O essencial é a prescrição exata de uma ou outra técnica, desde que adaptada individualmente ao doente, em função do “estado” que este apresenta.
O corpo oferece meios de comunicação e caminhos terapêuticos excepcionais, em especial quando a palavra está ausente, é inadequada, desadaptada ou viciada. Importante é estar em condições de ver, compreender e responder às mensagens gestuais e posturais. Elas são palavras que se ouvidas e compreendidas, contribuem para aliviar o desconforto humano.
O corpo como linguagem que nos guia em um procedimento profilático e terapêutico adaptado.
Uma fisioterapia dos problemas estáticos, osteoarticulares e das dores reumáticas em uma abordagem psicossomática.
Retirado de: http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=colunistas_mat&url_n_art=309&url_col=Dr.+Adriano+Borges+Amaral