O enfisema pulmonar e a troca gasosa

O enfisema pulmonar está presente quando muitos septos interalveolares, que separam os alvéolos, são destruídos. Quase a totalidade dos casos de enfisema pulmonar está relacionada ao fumo. No enfisema, o indivíduo tem os seus alvéolos com um grande volume, porém com uma pequena superfície ou área disponível para a troca gasosa, caracterizando um grave problema mecânico que faz com que o indivíduo perca sustentação radial das vias aéreas. Sendo assim, nos quadros de enfisema, as vias aéreas têm uma maior facilidade para o colabamento, caracterizando um aumento na resistência. No enfisema, há um aumento patológico da complacência, pois há uma destruição das fibras colágenas e elásticas dos septos interalveolares. Isto pode ser evidenciado no paciente com enfisema, pois ele apresenta, normalmente, uma hiperinsuflação pulmonar, apresentando um tórax expandido. No entanto, o seu processo respiratório encontra-se prejudicado, pois as trocas gasosas não se processam adequadamente, por falta de uma superfície alveolar apropriada.

Sendo assim, não importa um grande volume pulmonar se não for possível a geração de fluxo. O indivíduo com enfisema, tem um problema mecânico do tipo obstrutivo. O ponto de repouso elástico neste indivíduo é mais alto, pois quem determina a posição do ponto de repouso elástico é a força contrátil da caixa torácica. Como há uma menor quantidade de fibras atuando no sentido de colabamento do pulmão, a caixa torácica fica naturalmente mais expandida, caracterizando o chamado tórax em tonel ou em forma de barril , típico do fumante inveterado, que apresenta um aumento patológico da complacência pulmonar.

TLC = Capacidade pulmonar total

Na DPOC, há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.


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