Síndrome da criança hipotônica
A síndrome da criança hipotônica compreende dois grupos semiológicos: o grupo não-paralítico (afecções do sistema nervoso central ou de causas sistêmicas não-neurológicas) e o grupo paralítico (acometimento primário da unidade motora).
No grupo não-paralítico, observa-se frequentemente grau de alerta precário, resposta pobre a estímulos auditivos e visuais, sucção e deglutição não coordenadas, distúrbios metabólicos, crises epilépticas ou, ainda, antecedentes pré e perinatais que sugerem sofrimento cerebral. No grupo paralítico, a hipotonia muscular associa-se a déficit motor e a hiporreflexia ou arreflexia, geralmente estando normal o grau de alerta.
No recém-nascido com hipotonia muscular do grupo paralítico, ou seja, com doença neuromuscular, a hipotonia é particularmente valorizada, já que, em contraste com a hipertonia fisiológica em semiflexão recém-nascido saudável, transmite a impressão de um bebê gravemente comprometido.
Já no lactente, a ocorrência de hipotonia fisiológica no segundo e terceiro trimestres de vida, o retardo ou a não-aquisição das etapas do desenvolvimento motor constitui o aspecto mais valorizável, sendo a falta de resistência à movimentação passiva e ao balanço passivo dos membros, a principal característica semiológica que traduz a hipotonia nesta fase etária.
Dependendo do tipo de doença neuromuscular, algumas crianças gravemente comprometidas manifestam dificuldade para sugar e deglutir, bem como insuficiência respiratória.
Assim, considerando-se os aspectos clínicos na síndrome da criança hipotônica temos diferentes tipos de acometimento:
- Acometimento grave com frequente dificuldade de sucção e respiratória.
- Acometimento moderado com retardo do desenvolvimento motor e graus variáveis de fraqueza e atrofia muscular.
- Acometimento leve, compatível com atividade praticamente normal.
Os sintomas diminuiu ou falta de movimento, fraqueza muscular e diminuição da tonificação muscular (flacidez). Estes podem aparecer no nascimento ou na sequência de um processo que pode degenerar numa incapacidade total.
Se um membro da família ou o seu filho têm essas doenças deve ir imediatamente ao médico, especialmente um neurologista, que fará um diagnóstico e recomendar o tratamento apropriado para esta condição.
As causas são: falta de oxigênio antes ou imediatamente após o nascimento, problemas com a formação do cérebro, distúrbios musculares, como distrofia muscular, distúrbios que afetam os nervos que conectam aos músculos, distúrbios que afetam a capacidade dos nervos para enviar mensagens músculos (botulismo infantil, miastenia gravis), infecções e lesões da medula espinhal que ocorrem em torno do nascimento.