Teoria das Comportas x TENS
Desta forma os estímulos da TENS chegam primeiro ao corno posterior da medula, e despolarizam a substância gelatinosa de Holando, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. Sendo assim, as comportas ou portões da dor são fechados, daí o nome: Teoria das Comportas ou Porta da dor.
A característica da teoria das comportas inclui neurônios sensoriais (A-Beta), neurônios sensoriais (A-delta-C), a substância gelatinosa que corresponde a lamina II e III do corno posterior da substância cinzenta da medula e uma célula de transmissão T, também conhecido como uma célula-tracto (via) ou neurônio de 2ª ordem. Ambas (A-Beta) e (A-delta-C) fazem conexão com a substância gelatinosa e no neurônio de 2ª ordem. A substância gelatinosa age como um "modulador" pré-sináptico das fibras largas e finas antes da função com a célula T. O controle foi descrito para ocorrer pelos mecanismos neurofisiológicos nomeados inibição pré-sináptica.
Quando a substância gelatinosa está ativa um aumento de controle pré-sináptico nos axonios de 1ª ordem acontece e o "portão" está relativamente fechado, isto é, diminuindo no número de quantidade sensorial chegando ao 2º neurônio. Por outro lado, a redução na atividade da substância gelatinosa resulta na diminuição do controle pré-sináptico e o portão é considerado "aberto" ,isto é, o número de informações sensitivas chegando a célula T é relativamente não alterada. O equilíbrio de atividade nos neurônios sensitivos largos e finos determina a posição do "portão".
Se as fibras largas aferentes são ativadas, um aumento inicial na atividade da célula T acontece e é seguido por uma redução da atividade. Esse aumento inicial e devido uma ativação direto da célula T pelas fibras aferentes. A redução é um resultado indireto trazido pelas próprias fibras largas que acabam ativando as células da substância gelatinosa, o que consequentemente levará a uma inibição pré-sináptica das fibras aferentes. Isso faz com que o "portão" se feche.
Se entretanto, as fibras (finas) são ativadas, o aumento inicial na célula T é devido a atividade aferente primária. As fibras finas aferentes também atuam interneurônios inibitórios que inibem a atividade da substância gelatinosa. O resultado é de diminuição do controle pré-sináptico nas "largas e finas" fibras e abre o portão.
Melzah e Wall propuseram quando o equilíbrio de finas e largas não se mantém e chega a um valor crítico, a célula T é ativado. A ativação ascende e há a percepção de dor e respostas comportamentais. Um componente do sistema que foi brevemente mas não totalmente descrito foi o controle descendente. Wall propôs que eventos centrais assim como emoção e experiência passada provocam respostas descendentes que atuam no mecanismo do portão para bloquear a sensação no nível espinhal.