Incentivadores Respiratórios




Muitos são os incentivadores respiratórios sobretudo os inspiratórios.Esses incentivadores são exercitadores respiratórios que tem como objetivo reexpansão pulmonar, aumento da permeabilidade das vias aéreas e fortalecimento dos músculos respiratórios.

Esses exercitadores ou incentivadores respiratórios são recursos mecânicos da fisioterapia respiratória, normalmente destinados a auxiliar o desempenho muscular respiratório e a eficiência do trabalho mecânico da ventilação pulmonar, proporcionando aumento da oxigenação arterial.

Normalmente, esses incentivadores respiratórios caracterizam-se por serem equipamentos portáteis, em geral de plástico ou material semelhante, e de baixo custo.

São de fácil manuseio, descartáveis, e podem ser utilizados tanto em adultos como em crianças. Todos os incentivadores respiratórios fundamentam-se no oferecimento de uma resistência (carga) à respiração espontânea do paciente. Essa resistência pode ser exercida por carga pressórica alinear ou por carga pressórica linear.


Incentivadores Respiratórios de Carga Pressórica Alinear

Apresentam uma resistência desconhecida, durante o ciclo respiratório, pois não há conhecimento prévio da força a ser exercida pela musculatura do paciente, porém alguns aparelhos fornecem escalas de fluxo ou volume.


Incentivadores Respiratórios de Carga Pressórica Linear

São considerados fluxo-dependentes, pois o fluxo de ar só é gerado quando uma pressão inspiratória é realizada pelo paciente. Possuem uma mola (spring loaded) ou por sistema de peso.

Incentivadores Inspiratórios

Lançado em 1976 é uma modalidade de terapia respiratória profilática, segura e eficiente, porém não deve substituir qualquer técnica.

Tipos:
Fluxo: São mais baratos, porém durante a sua utilização a tendência é que ocorra um fluxo turbilhonar, o que pode gerar mais trabalho ventilatório para o paciente. Fluxo turbulento inicial, alteração no trabalho ventilatório, alterando o padrão de ventilação.

Volume: São mais caros, durante a sua utilização, o fluxo é menos turbilhonar, se comparado aos incentivadores a fluxo, o que gera menos trabalho ventilatório e altera menos a biomecânica ventilatória do paciente. Volume de treinamento constante até atingir a capacidade inspiratória máxima ou nível pré fixado pelo terapeuta.

Calculando o progresso:
Diretamente proporcional ao tempo que a esfera é mantida no topo da câmara.

Deve-se:
Pacte lúcido, orientado, cooperativo e motivado
Sentado em posição confortável
Suplementação de oxigênio
Inspiração a partir do VR até CPT progredindo lentamente (evitar hiperventilação)
Prescrição da carga pelo fisioterapeuta
Trabalho monitorizado
VC > 5ml por Kg e f<25 irm 3

Vantagens:
Diminui o aparecimento de atelectasias;
Diminui o shunt, hipóxia e hipercapnia;
Melhora a insuflação pulmonar;
Otimiza a mecânica da tosse.
Contra-Indicação:
PO imediato (dor, WR)
Sem hiperinsuflação ou quadros infecciosos


Tipos de incentivadores Respiratórios

Voldyne: (à volume)
5000– modelo adulto – coluna graduada, indicador de limitação do incentivo, traquéia e bucal.
2500 – modelo pediátrico – coluna graduada, indicador de limitação do incentivo, traquéia e bucal.
Indicado para pacientes em pós-operatório de cirurgia abdominal, torácica e cardíaca, pois sua utilização gera menos dor. Tempo da terapia é indefinido, o paciente deve realizar uma série de 5-10 incursões ventilatórias por hora.
Triflo II: (à fluxo) Composto de 3 esferas coloridas, e não obstruem as válvulas de entrada de ar, possui filtro, traquéia e bucal.


Respiron: (à fluxo)


O fluxo é variável em função do tempo de incentivo. Serve para trabalhar uma respiração sustentada máxima. O paciente deve inspirar de forma que as três bolinhas do aparelho subam aproximadamente 5-10 segundos.
Muito utilizado em PO.

Treshould: (treino de força muscular) incentivador de carga pressórica linear
A duração da inspiração deve ser de 40 a 50% do tempo respiratório total. Tempo de uso 30 minutos diários.

Indicação:
Diminuição da força e endurance dos músculos respiratórios.
Características: Tubo com orifício na extremidade, o qual é obstruído por um diafragma e uma válvula com mola regulável. Esta válvula permite a passagem do ar inspirado através do orifício, durante o treinamento da musculatura respiratória, somente após ter sido alcançada a pressão inpiratória pré determinada.

Treinamento:
Posição: Sentado
30 a 50% da Pimax
Duração da inspiração entre 40 a 50% do tempo respiratório total (T.TOT). 30 minutos por dia para pactes não críticos
Resposta ao treinamento – aumento do tempo que o paciente pode respirar com a mesma carga.
Inspirix: (à fluxo)
O fluxo é variável, em função do tempo de incentivo. Auxilia no PO.


Flutter:


Sua função é promover a desobstrução brônquica, auxiliando pacientes hipersecretivos e com fibrose pulmonar, auxilia nas trocas gasosas e na reexpansão pulmonar.

O aparelho é semelhante a um cachimbo que no seu interior possui uma bilha de metal acima de um cone. Durante o ato expiratório, a combinação da bilha com o ângulo do cone oferece uma resistência oscilatória ao fluxo. A resistência varia em função da bilha estar impedindo mais ou menos o fluxo expiratório, podendo criar uma pressão positiva expiratória de 10-25 cm H2O, enquanto o ângulo do cachimbo faz com que a válvula vibre para frente e para trás a, aproximadamente, 15 HZ. Esta variação no fluxo expiratório favorece o deslocamento de secreções brônquicas e estimula o reflexo da tosse.

Durante a realização da técnica, o paciente deve estar, de preferência, sentado numa posição mais confortável possível, com seu tórax ereto. Deve-se pedir ao paciente para realizar uma inspiração profunda e, em seqüência, acoplar o Flutter à boca e expirar de forma mais forte e rápida que puder, mantendo esta expiração ao final por, aproximadamente, 3 a 5 segundos. A técnica deve ser repetida em seqüências de 4 a 8 repetições, sem se esquecer de deixar o paciente descansar após ter tossido.
Indicações:
Tosse produtiva, Bronquite Crônica, bronquiectasia, instabilidade traqueobrônquica, mucoviscosidade,
fisioterapia pré e pós-operatória


Peak Flow:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f7/Peak_flow_meter_horiz.jpg

Mensuração do fluxo expiratório máximo instantâneo, surgiu em 1959 com a finalidade de avaliar o grau de obstrução brônquica em várias patologias pulmonares (DPOC). Avalia também o grau de reversibilidade ou não do BE após uso de broncodilatadores por via sistêmicas e por via inalatória.
Vantagens:
Permite ao fisioterapeuta avaliar com segurança a gravidade da obstrução brônquica;
Avaliação rápida e segura em casos específicos de reversibilidade da obstrução brônquica, frente ao procedimento terapêutico realizado.
Aireze:
Inspirômetro de incentivo à fluxo de baixa resistência, com facilidade de uso, tanto para crianças como para adultos. Trabalha a inspiração profunda (reexpansão).
PO – dor – a tendência da respiração é ser superficial.
Este aparelho serve para prevenir complicações respiratórias no pré e pós-operatório.
Como usar:
Colocar o aparelho na posição certa e expirar normalmente, com os lábios comprimidos ao redor do bucal;
Inspire profundamente fazendo subir a bolinha, até o valor desejado;
Sustente a inspiração e continue a inspirar e detenha o valor indicado;
Deixe a bolinha cair na base;
Expire e relaxe, retire o bucal e respire normalmente. Repita o exercício como descrito pelo fisioterapeuta.
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