Alongamento por estimulacao eletrica


Na literatura existem poucas indicações para promover o alongamento muscular através de correntes elétricas.

No entanto, estudos científicos comprovam que o comportamento do tecido conjuntivo e dos componentes neuromusculares respondem bem a esta forma de alongamento muscular comparado aos métodos clássicos de alongamentos.

A vantagem desse método é a obtenção dos resultados num curto período de tempo.

SELEÇÃO DO TIPO DE CORRENTE

- corrente alternada de média nula (despolarizada)

- média frequência ou TENS (média = 4000 Hz)

- corrente mais suave

- não provoca efeitos eletrolíticos sobre a pele

- permite a aplicação de altas amperagens

INTENSIDADE DA CORRENTE

- é determinada de acordo com a sensação do paciente, o qual referirá uma sensação de alongamento

- o término do tratamento se dá quando a sensação de alongamento não mais ocorrer durante o aumento da intensidade da corrente utilizada.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

O tratamento estará concluído quando o resultado objetivado for atingido, ou quando a sensação de alongamento não for percebida ao ser aumentada a intensidade da corrente elétrica.

TÉCNICA/MÉTODO

Faz-se a aplicação dos eletrodos no ventre muscular com a técnica mioenergética. Seleciona-se a corrente de uma forma suave, como as de média freqüência de portadora de 4000 Hz e uma AMF de 100 Hz.

O músculo é alongado até obter-se uma sensação final de flexibilidade e elasticidade; logo aumenta-se a intensidade da corrente elétrica até que ocorra uma contração do seu antagonista; não deve-se aplicar nenhuma força externa passivamente para não ocorrer o risco de rupturas do tecido conjuntivo.

O alongamento continua até que o paciente sinta de maneira bem intensa o alongamento; neste momento aumenta-se a intensidade da corrente até o desaparecimento da sensação de estiramento do músculo estimulado.

Repete-se o procedimento até obter o resultado desejado ou quando a sensação de estiramento não estiver mais sendo percebida durante o aumento da intensidade da corrente; então foi alcançado o limite da elasticidade do tecido conjuntivo.

FREQÜÊNCIA DO TRATAMENTO

É determinada principalmente pelos efeitos obtidos pelo primeiro tratamento realizado e pode se diferenciar entre várias situações:

1- o músculo alonga-se até a amplitude desejada em uma única sessão e não volta a encurtar-se;

2 - o músculo alonga-se até a amplitude deesejada porém volta a encurtar-se. Se o encurtamento ocorre logo após a realização da técnica, no intervalo de uma hora é sugestivo que trata-se de um encurtamento muscular funcional; e isto constitui uma contra-indicação reletiva.

3 - o músculo não atinge o grau de alongammento desejado em uma sessão. Neste caso necessita mais tratamento e uma condição que não ocorram efeitos secundários. A freqüência do tratamento será determinada pelo paciente. A sessão seguinte poderá ser iniciada logo que os sintomas de rigidez tenham desaparecido.

INDICAÇÕES

- encurtamento muscular causado por hipertonia

- encurtamento muscular causado por rigidez do tecido conjuntivo

- tendinites

- epicondilite lateral do úmero

- tendinite calcaneana

CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS

- lesões musculares tendinosas agudas

- lesões articulares acompanhadas de processos inflamatórios agudos (artrites - bursites)

- tecidos não consolidados (fraturas, rupturas musculares e ligamentares)

- lesões centrais

- formas de miopatias

- encurtamento muscular funcional
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